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Barra de Punaú - por Arilza Soares

sábado, 28 de abril de 2012

A CIDADE E AS CORES DE PEDRO GRILO -ARTISTA PLÁSTICO POTIGUAR



Um blog nostálgico não poderia deixar passar uma ocasião como essa - a  vernissagem do artista plástico e poeta Pedro Grilo, na Pinacoteca do Estado,  merece destaque em Vento Nordeste. Oitenta quadros desse artista maravilhoso, retratando uma Natal que eu pouco conheci era tudo que eu queria ver nesse momento. Como a distância não me permite, vou me contentar em navegar virtualmente diante do colorido vibrante de Pedro Grilo, enquanto faço a minha parte de divulgar seu trabalho.Viaje com Vento Nordeste nessa postagem e se delicie com as cores e as paisagens da cidade vista, vivida e retratada por Pedro Grilo.





Poeta e pintor, Pedro Grilo faz sua primeira exposição individual aos 75 anos. Em "Grilo Borratela" o artista imortaliza imagens da cidade que fizeram parte da sua infância e compartilha essas memórias com o público nessa vernissagem. A exposição retrata detalhes de uma Natal que poucos conheceram ( da Fundação aos anos 50). Suas telas tem um colorido vibrante e misturam realismo com elementos da Arte Naif. Para fazê-las ampliou fotografias antigas e aplicou sobre elas  espessas camadas  de  tintas de cores variadas - "gosto de cores" diz. Os quadros de bom tamanho, estão todos a venda e João Grilo sonha em encontrar uma empresa que compre toda a sua obra e doe para o Instituto Histórico e Geográfico do RN.




Segundo o próprio artista, ele começou a retratar a cidade, quando um colega lhe apresentou umas fotografias do bairro das Rocas, sem  muita definição e pediu que ele as fizessem em telas."Elas estavam muito desbotadas, havia muitos clarões nelas" explica ele. Essas lacunas serviram  de impulso criativo para buscar na imaginação  uma Natal que ele viveu e foi muito feliz.
Pedro Grilo se considera um "borrador de telas" dispensando o título de artista plástico. Afirma que que não segue nenhuma escola: " Não sou copiador de ninguém. Meu trabalho não é pior nem melhor do que os demais. É apenas uma questão de estilo próprio".


                         Pedro Grilo na lente de Carlos Morais dos Santos
                                               


Figura inconfundível na cidade sempre protegido por seu sombreiro e amparado por um cajado, Pedro Grilo ou simplesmente Grilo como é conhecido, nasceu em Natal/RN no dia 30 de setembro de 1936. Passou um período em Goianinha morando com a avó e, aos sete anos retornou à Natal, onde vive até hoje. Morou no Areal e atualmente na Guanabara. Frequentou a escola até o curso primário. Autodidata, começou a escrever aos 15 anos. Para ganhar a vida, foi pintor de parede e de letreiros comerciais. Nas horas vagas dedicava-se à poesia e às trovas. Foi idealizador do jornal alternativo, mensal, O Pitiguari, no qual apresenta suas trovas e as trovas de outros autores potiguares. Lançou em 2000 o livro Mel e Cicuta e é membro efetivo da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte, ocupando a cadeira de número 35, cujo patrono é Ponciano Barbosa. Também integra a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte, a União Brasileira de Trovadores e é membro do Poetas Del Mundo. 


A CIDADE E AS CORES DE PEDRO GRILO







 




A Cidade Provinciana de de Pedro Grilo e Alínio Rosa

                                           
Veja o vídeo abaixo e se encante com a Natal de Pedro Grilo ao som da Natal Provinciana de Alínio Rosa. Em seguida vá correndo para o Palácio Potengi, ou melhor da Cultura, onde está acontecendo a exposição, prestigiar o nosso talentoso artista. A exposição que tem o nome de "Grilo/2012 - Borratela" fica em cartaz até o dia 26 de maio/2012. Não percam!


                          


FONTES:

  • Jornal Tribuna do Norte - Reportagem de Yuno Silva  -Natal/RN
  • Pesquisas Web - Sites:

  1. PoTiGuArte - José Carlos - Natal/RN
  2. Educação e Cultura - Maria Efigênia - Natal/RN
  3. ViviCultura - Natal/RN
  4. Assessoria de Imprensa da Fundação José Augusto - Governo do Estado do RN
FOTOS:
  • Acervo da Tribuna do Norte - Natal/RN
  • Imagens Google
  • Edição de Fotos: Site PicMonkey
VÍDEO:

  • Enviado ao You Tube por  Ariza Soares em 29/04/2012 - Musica "Provinciana" de Alínio Rosa - Imagens : Reprodução das Telas de Pedro Grilo (do Acervo da Tribuna do Norte e outras imagens encontradas no Google ).




sexta-feira, 27 de abril de 2012

CREME DE GALINHA À MODA POTIGUAR - UMA RECEITA DE MARILDA NASCIMENTO




Creme de Galinha! Não lembro de ter saboreado esse prato, nem na minha infância, nem na minha adolescência. Não fazia parte dos hábitos alimentares do nosso povo, até porque os ingredientes para prepará-lo não eram encontrados com facilidade - creme de leite e milho em conserva eram raridades. Natal dessa época era uma cidade provinciana e a disponibilidade dos alimentos ofertados eram poucos. O comércio dos alimentos era feito nas feiras livres, nos mercados da Cidade Alta e do Alecrim (criminosamente incendiados), nas cantinas e mercearias dos bairros. Só mais tarde, com o advento dos grandes supermercados, essa oferta se tornou mais fácil e mais farta, mudando os hábitos alimentares dos potiguares.




Desconheço a origem do prato, mas o hábito de comê-lo passou a ser frequente na cidade. Está presente nas reuniões de amigos, nos aniversários e até casamentos. Bem preparado é delicioso! Já experimentei várias receitas e, entre tantas, decidi postar a da Marilda, uma das minhas colaboradoras quando o assunto é comida nordestina. Tenho certeza   que o seu Creme de Galinha vai agradar ao mais exigente paladar.




INGREDIENTES


  • 1 peito de galinha grande.
  • Suco de 1 limão
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1 cebola picada
  • 1 tomate picado
  • 1/2 pimentão picado
  • Coentro e cebolinha a gosto
  • Pimenta do reino a gosto
  • 1 colher de vinagre
  • Sal  a gosto
  • 3 colheres de óleo de sua preferencia
  • 1 tablete de caldo de galinha
  • 1 lata  de creme de leite com soro
  • 1 colher  de manteiga ou margarina
  • 1 lata de milho verde
  • 6  azeitonas picadas
  • 3 colheres de amido de milho (maizena)
  • 100mg de leite (aproximadamente para dissolver a maizena)
  • 3  colheres de queijo parmesão ralado


MODO DE PREPARAR



Depois de bem lavado o peito da galinha , tempere com  suco de limão, sal, alho, pimenta do reino e vinagre. Deixe nesse tempero durante uns 30 minutos.

Em uma panela aqueça o óleo e coloque a galinha para refogar junto com a cebola, o tomate, o pimentão, o coentro a cebolinha e o tablete de galinha diluido em 1 litro de água. Deixe cozinhando por uns 30 minutos até que o peito fique macio.







Desligue a panela e deixe esfriar um pouco. Separe o peito do caldo e vá desossando e desfiando todo o peito.
Depois de todo desfiado, junte ao caldo, coloque a maizena dissolvida em um pouco de leite e leve ao fogo baixo mexendo sempre até engrossar.

Quando estiver, fervendo, coloque o creme de leite com soro mesmo, a manteiga ou margarina, sem parar de mexer.

Cozinhe mais uns 10 minutos e coloque o milho e as azeitonas. Ponha todo o conteúdo numa forma refratária, untada co manteiga  polvilhe com  queijo parmesão e leve no forno pré aquecido para gratinar, durante uns 20 minutos.
Decore com batata palha. Sirva com arroz branco  e uma salada de sua preferência.
                                                                            BOM APETITE!
Fonte:

  • Receita de Marilda Nascimento - Natal/RN

Fotos:

  • Imagens Google
  • Edição de Fotos: Site PicMonkey



terça-feira, 24 de abril de 2012

OBA! VAMOS SOLTAR CORUJA? ( PANDORGA, PAPAGAIO, PIPA...DA SÉRIE BRINCADEIRAS INFANTIS


Meminos soltando Pipas - Ivan Cruz


Pipa, papagaio, pandorga, raia,  piposa, arraia, pepeta, califa...
Mas na minha infância em Natal,  a pipa era conhecida cono "coruja" que eu aprendi a fazer usando  três varetas retiradas das palhas do coqueiro e  papel de seda; em uma das extremidades a gente prendia um rabo bem comprido, a "rabiola". Não era difícil fazer uma coruja, mas a armação tinha que ser muito bem feita, senão a coruja  não subia. Na verdade eu nunca empinei uma coruja, ( naquela época só os meninos tinham esse privilégio). Eu  fazia porque achava bonito e continuo achando até hoje! Me encanta ver uma pipa bailando no ar emoldurada pelo céu azul. De vez em quando arranjo um motivo para comprar pipas seja para dar de presente a uma criança, seja para decorar alguma festa infantil. Como professora, como mãe, não perdi nenhuma oportunidade de colorir e dar vida ao ambiente com pipas, muitas pipas!
                        

HISTÓRIA DAS PIPAS

                          Cândido Portinari - Meninos Soltando Pipas/1947


Acredita-se que as pipas tenham surgido na China, há cerca de 200 anos a.C. e que foram usadas inicialmente como dispositivo militar. Os movimentos e as cores das pipas eram mensagens transmitidas à distância entre destacamentos militares.A tradição chinesa atribui a invenção da pipa ao general Hau-sin, que viveu no século 206 a.C. Este general  teria conquistado a cidade, por um túnel por ele construído, após ter calculado por meio de uma pipa, entre o campo onde estava e o palácio Wai-Yano ( do livro "jogos Tradicionais Infantis" de Tizuco Morchida Kischimoto).
Com o passar do tempo as pipas se tornaram populares e foram levadas para países vizinhos como Japão e Coréia. Nos países orientais as pipas adquiriram um forte significado religioso e ritualístico. Até hoje,  continuam sendo usadas para atrair felicidade, sorte, fertilidade e vitória. Assim, as que  tem forma de dragão são empinadas para atrair prosperidade, as tartarugas para atrair vida longa e as corujas para atrair sabedoria. Há ainda símbolos para afastar maus espíritos. para ajudar na pesca e para servir de oferendas dos deuses. 


CURIOSIDADES À RESPEITO DAS PIPAS

                         Cândido Portinari - Meninos soltando pipa/1952.


  • Conta-se que o grande navegador Marco Pólo, ao se encontrar encurralado na China, para se defender, construiu uma pipa carregada de fogos de artifício, que explodiram provocando um bombardeio, afastando seus oponentes
  • Em 1752, Benjamim Franklin realizou uma experiência científica com uma pipa. Prendendo uma chave ao fio da pipa, ele a empinou durante uma tempestade. Percebeu com isso que a eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, o que o levou a descoberta do para-raio.
  • O 14 Bis de Santos Dumont   pode ser comparado a uma sofisticada pipa com motor.
  • No Japão as pipas são chamadas de "tako" que significa "polvo". Lá a fabricação das pipas tem quase um status de arte. Além das pipas tradicionais, geométricas, existem as pipas com formas humanas, de animais,pássaros que carregam objetos que assobiam no vento.Tem pipas de tamanhos variados que podem ter até cinco metros que precisam de equipes para serem empinadas.
  • Na Malásia as pipas são empinadas por pessoas com graves problemas.As pipas são levadas a grandes altitudes, cortando a linha. Acreditam que assim estão se livrando do problema e começando uma nova vida.
  • Na China, o dia nove do mês nove é o Dia das Pipas. Adultos e crianças do sexo masculino, se dirigem as colinas para empinar suas pipas.
  • No Iraque as pipas são empinadas a noite, com lanternas, para encher a noite com estrelas artificiais.
  • Nas ilhas do Pacífico, as pipas são feitas de folhas de bananeira e usadas para pescar.

    NOMES DADOS ÀS PIPAS NO BRASIL
     E EM OUTROS PAÍSES*


                            Meninos soltando pipas - Cândido Portinari

    Uma brincadeira universal encontrada nos cincos cantos do mundo. No Brasil chegou com os portugueses na época da colonização, e recebeu denominações regionais diferentes. O nome muda, a forma de brincar sofreu também algumas adaptações locais, mas o princípio é o mesmo: Voar com os pés no chão! Uma brincadeira que sempre encantou e continua encantando adultos e crianças.

    Nomes da Brincadeira No Brasil

    Papagaio - Em todo o Brasil
    Raia - Norte do Paraná até Curitiba
    Quadrado e Papagaio - Interior de São Paulo
    Curica, Cângula, Jamanta, Pepeta, Casqueta e Chambeta - Norte
    Pipa - São Paulo (capital) e Rio de Janeiro
    Arraia, Morcego, Lebreque, Bebeu, Coruja -Tapioca -Barril e Bolacha -  Nordeste
    Estilão e Pião - Sudeste
    Pandorga - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sul do Paraná
    Cafifa - Niterói
    Maranhão - Minas Gerais e algumas regiões do interior de São Paulo

    Nomes em outros Países             

    Cometa - Espanha, Uruguai e alguns países de língua castelhana
    Papalote - México 
    Barrilete - Argentina
    Papagaio - Portugal
    Kite - Inglaterra, Estados Unidos e todos os países de língua inglesa
    Tayara - Líbano
    Cerfvolant - França e países de língua francesa
    Aetos - Grécia
    Drachen - Alemanha 
    Wau - Malásia
    Aquiloni - Itália e países de língua italiana 
    Sarkany - Hungria
    Takô - Japão 
    Leijani - Finlândia
    Shirosshi e Shiem - China 
    Vliegers - Holanda
    Drak - Tchecoslováquia (em Tcheco) 
    Drakar - Suécia
    Jarkan - Tchecoslováquia (em Eslavo) 
    Didak - Bélgica
    Volantin - Chile e alguns países de língua castelhana
    Wau - Malásia
    Sarkany - Hungria
    Leijani - Finlândia
    Vliegers - Holanda
    Drakar - Suécia
    Didak - Bélgica
    Stell - Em Basco (região de Barcelona - Espanha)
    Atok´er - Língua Maya
    Tchiang - Nepal
    Patang - India , Afeganistão
    Vozdouchnei, Zmiei -Rússia
    Chiriachirou - Sri Lanka
    Caidéu - Vietnam
    Wau - Indonésia
    Yoah - Coréia
    Tairawakia - Iran , Iraque , Baren
                                        *Do Site: www.pipas.com.br

    TIPOS DE PIPAS*

      Meninos soltando pipas -Djanira da Mota e Silva/1966

    • Suru - pipa que não tem rabiola e sua armação é feita apenas com duas varetas em forma de cruz e é totalmente encapada.
    • Raia - não utiliza rabiola e tem formato de losango.
    • Peixinho - semelhante a raia, mas tem rabiola.
    • Morcego - sem rabiola, em formato retangular e não é totalmente encapada.
    • Pião - pipa grande que precisa de muita rabiola para subir .É considerado pião quando a vareta central da pipa ultrapassa a medida de 60cm.
    • Telequinho ou Jerequinho - pipa pequena que precisa de pouca rabiola para subir.
    • Maranhão - pipa com rabiola e muita mobilidade
    • Carrapeta - pipa feita com três varetas em tamanhos diferentes, uma central (de maior tamanho) e duas transversais, formando uma espécie de cruz, com espaço entre si, sendo que a inferior é de tamanho mais curto.
    • Baratinha ou Charutinha  - espécie de pipa com rabiola de formato retangular e com muita agilidade.
    • Pipas de Biquinho - modelo muito conhecido no RJ. com rabiolas imensas; tem capacidade de ir muito longe.
    • Pipa Batata - semelhante a carrapeta, sendo que as varetas transversais não são do mesmo tamanho.
    • Pipa Modelo - são conhecidas pelos formatos variados, e pelo seu tamanho. Muito bonitas são vistas  em  Festivais, como são conhecidas as competições desse estilo.            
                   *Classificação transcrita do Site Wikipédia - Google        


         COMO FAZER UMA PIPA TRADICIONAL


      Material
      • Cola - Tesoura
      • Papel de Seda - Linha
      • Varetas de Madeira


      Modo de Fazer
      1. Amarre perpendicularmente as varetas de 32cm na vareta de 54cm.
      2. Passe a linha em volta de todas as pontas das varetas para fazer a armação para dar o formato de pipa.
      3. Colar a armação de varetas e linha sobre o papel de seda.Lembre-se de deixar a parte superior da armação de fora do papel.
      4. Corte o papel usando a armação como molde, lembrando de cortar um pouco maior que a armação para ter espaço para a colagem.
      5. Passe cola nos pedaços de papel de seda em volta da armação e dobre-os para colá-los nas varetas.
      6. Espere alguns minutos para a cola secar e envergue um pouco ( para dentro da pipa) a vareta maior (central) e dê uma volta a mais com a linha na extremidade da pipa.
      7. Agora é só colocar o cabresto e a rabiola.


      Se tiver dúvidas veja o Vídeo preparado pela EquipeArtCeu. Bem didático ele ensina, passo a passo, como fazer uma pipa.





      BRINCANDO DE SOLTAR PIPAS



        O objetivo é manter a pipa no ar pelo maior tempo possível. Para os menos experientes, o ideal é contar com um ajudante, que ficará à frente do empinador a uma distância de 20 metros, segurando a pipa em uma inclinação de mais ou menos 60°, enquanto o empinador segura o carretel com a linha bem estendida. Quando perceber um vento bom, o ajudante fará um sinal para o empinador, que deve recolher a linha com as mãos, em movimentos constantes.
        Uma vez no ar, é hora de fazer manobras, com golpes de linha, até a pipa "imbicar" no solo, isto é, "mergulharem em direção ao solo. Desse mergulho, a pipa só levanta quando se solta mais linha. Assim o bom empinador é aquele que consegue fazer a pipa quase bater no chão, para só aí "dar linha" fazendo ela subir novamente.
        Outra manobra muito usada, mas muito perigosa, é a de cortar a linha de outras pipas. Para isso as linhas são preparadas com "cerol", uma mistura de vidro moído e cola, tornando-se verdadeiras navalhas. Acidentes são comuns com o uso do cerol e em muitos lugares são proibidos.


        DICAS DOS BOMBEIROS



        • Não solte pipa nos dias de chuva, pois se tiver relâmpagos, você pode receber uma descarga elétrica e morrer
        • Muito cuidado com as antenas e os fios elétricos das residências
        • O ideal é brincar em áreas livres ou parques. Se estiver empinando sua pipa em local movimentado preste atenção aos carros, motos e bicicletas para não ser atropelado.
        • Preste atenção aos buracos e obstáculos à sua volta para evitar acidentes.
        • Não use linha metálica ( fio de cobre ou bobinas) nem papel laminado para usar em sua pipa.
        • Evite soltar pipa de cima de lajes. telhados ou qualquer outro lugar sem proteção.Brincar é bom, mas está vivo e saudável é mais importante.

        Fontes:

        • Revista Almanaque Brasil Cultura-Artigo: Pandorgas, Papagaios,Pipas-Publicado em Maio/2009.
        • Pesquisas Google -  Sites:

        1. www.jogos antigos.nom.br/pipa.asp - Pipas e Papagaios - Jogos Antigos 
        2. www.pipas.com.br/home.htm - Equipe Silvio Voce. Portal de pipas e papagaios.
        3. www.mapadobrincar.folha.com.br/projeto/ - Folha.com- Mapa do Brincar- Projeto-Histórico.
        4. Wikipédia - Papagaios, Pipas.
        Fotos:
        • Imagens Google
        • Edição de fotos: Site Picmonkey
        Vídeo: Enviado ao You Tube por: desireefg em 27/07/2008





        quinta-feira, 19 de abril de 2012

        SARAPATEL - COMIDA DE UM POVO VALENTE!



        "O  Nordestino é antes de tudo um forte" - verdade!  Mas para se sentir alimentado, esse povo valente, é chegado a um prato de sustança. Cabra da peste que se preza não despreza uma buchada, uma panelada, uma fatada, um sarapatel ... lambe os beijos diante de  uma mesa farta dessas iguarias e enche o bucho, quase sempre de manhã cedo, antes de ir para lida, pra roça, como costumam dizer. Com exceção da "fatada" que só vim conhecer já adulta na cidade de Valença na Bahia, os demais pratos fizeram parte do cardápio da minha família, enquanto meu pai viveu. A minha mãe  era imbatível no preparo de uma buchada de carneiro ou quando preparava uma panelada. E o Sarapatel ? Esse era o meu prato preferido, que eu gostava de comer com muita farinha, feito farofa. Hoje, só não sinto muita falta de um bom Sarapatel , porque a minha cunhada Sandra, faz um pra ninguém botar defeito. É dela a receita que publico nessa postagem.

           


           
        O Nordeste brasileiro possui uma das culinárias mais ricas em sabores, aromas e cores, sendo o maravilhoso resultado da fusão aculturada de hábitos alimentares do português colonizador, do indígena e do escravo africano. Os pratos gostosos falam das nossas raízes e simbolizam a região.
        O sarapatel é um desses pratos símbolos da culinária nordestina. Sua origem  é portuguesa provavelmente da região do Alto Alentejo, e adaptado aos temperos regionais. A iguaria está presente no cardápio de todo Nordeste variando muito pouco de um estado pra outro. Preparados com as vísceras de porco  ou carneiro o prato consiste num ensopado grosso e consistente, obtido com o sangue do animal

        SARAPATEL PREPARADO À MODA PORTUGUESA




        Em Portugal é preparado  com  a carne  e as vísceras de cabrito ou borrego: pulmões, fígado, coração, ou outras vísceras, sangue cozido, banha, azeite, cebola, alho, tomate e pão de véspera, temperado com com louro, colorau, cravinho e cominho. As carnes e vísceras são cortadas em pedaços e levadas a  fritar em banha com as cebolas e temperos. Após alourarem um pouco são cobertas com água a ferver. Quando estiver quase cozido, é adicionado o sangue. O sarapatel é servido quente, sobre fatias de pão finas. 


        SARAPATEL PREPARADO EM GOA NA ÍNDIA




        Em Goa, antiga possessão portuguesa, na Índia, o sarapatel é feito com carne, fígado, coração e rim de porco. É temperado com com pimenta malagueta, cravo, açafrão.canela, coentro, cominho, gengibre, alho, cebola, vinagre e tamarindo.As carnes e vísceras são cozidas primeiramente com açafrão e o sal. Depois são cortadas em em cubos pequenos e fritos em seguida. As especiarias e a cebola são adicionadas às carnes e vísceras, junto com um pouco da água em que essas foram cozidas.São colocadas novamente ao fogo para apurar  por alguns instantes. Está pronto para ser servido com arroz.

                         
                     UMA RECEITA BEM NORDESTINA



                                                           INGREDIENTES


        •   3kg de miúdos de porco ou carneiro bem frescos (incluindo o sangue coagulado)
        • 6 limões
        • 3 pimentões
        • 1 molho grande de hortelã
        • 1/2 molho de cebolinha  verde
        • 1/2 molho de coentro
        • 3 cebolas grandes
        • 4 tomates
        • 150g de toucinho
        • 6 pimentas de cheiro
        •  5 dentes de alho
        • 3 folhas de louro
        • sal a gosto 1 colher de sopa de pimenta do reino moída com cominho 
                                            MODO DE FAZER


        Lave os miúdos com muito limão. Pique as cebolas no liquidificador, junto com o alho, os tomates, a cebolinha, o coentro e a hortelã. Misture os miúdos com os temperos batidos, junte o louro, a pimenta-cominho e as pimentas de cheiro inteiras.
        Pique uma cebola bem miudinha e junte o toucinho derretido numa panela, deixando dourar.
         Coloque os miúdos temperados no refogado da cebola e mexa bem. 
        Junte toda água de uma vez, cobrindo o sarapatel e ultrapassando    em três dedos.
        Deixe cozinhar por algumas horas.
        Sirva acompanhado de farinha e arroz branco.                                                                   
                                               BOM APETITE!

          Fontes:

          • "Culinária Caprina - do Alto Sertão à Alta Gastronomia" - SENAC-DN/RJ -2005
          • "História da Gastronomia do RN - Maria Marluce Gomes- EMATER-RN
          • Pesquisas Web - Site: Wikipédia
          • Receita do Sarapatel de Sandra Maria Mendonça Soares.
          Fotos:
          • Imagens Google
          • Edição de Foto: Programa Pic-Nic - Yahoo/BR




          terça-feira, 17 de abril de 2012

          AS PARADISÍACAS PRAIAS DE BAÍA FORMOSA NO RN




          Estive em Baia Formosa e confesso que fiquei extasiada diante de tanta beleza ainda pura, sem maquiagem. A baía emoldura a cidade e é, sem sombra de dúvidas, um relicário construído num momento de grande Inspiração Divina. É isso! Em Baía Formosa a gente sente a presença Divina por onde quer que passe. É um lugar para se admirar, curtir e agradecer a Deus por esse presente. É um lugar para se ter orgulho de pertencer a essas terras potiguares, de natureza generosa, de um povo simples e acolhedor. Baía Formosa é um pedacinho do paraíso encravado no nosso litoral. É ver pra crer!




          Situada no extremo Sul do rio Grande do Norte, já na divisa com o estado da Paraíba, Baía Formosa estende-se, pelo litoral, da Barra de Cunhaú ao norte e vai até o distrito de Sagí ao sul, onde se encontra o povoado caiçara.Todo esse trajeto soma 25 Km de praias, várias delas totalmente desertas, passando pelo farol da cidade, o sinuoso campo de dunas, o início das trilhas para as lagoas e os belos rios Sagí e Guajú, sempre rodeados pela intocável Mata Atlântica.

          AS PRAIAS DE BAÍA FORMOSA

                                           1. PRAIA DO PORTO


          Está localizada na área  mais antiga da cidade, onde se instalou a vila de pescadores que deu origem ao município. Caracteriza-se pelas grandes falésias e dunas que emolduram a baía. Barcos de pesca chegam e saem diariamente e é lá que é comercializado todo pescado.È também conhecida com "Picão" 







          .                       2. PRAIA DA CAÇIMBA


          A rua  da cacimba era uma vila de pescadores que foi destruída pelo avanço do mar. Hoje, estão localizadas as casas de veraneio. Segundo o pescador  Valdir do Nascimento, a origem do nome é devido a uma cacimba existente naquela área que abastecia a população d’água.





          3. PRAIA DO PONTAL


          Conhecida atualmente como "Praia do Pontal" por ser um dos pontos mais frequentados da orla pela prática do surf e por ser palco de diversas etapas de campeonatos de surf nacionais. Caracteriza-se pela grande quantidade de pedras e pela formação de ondas regulares sobre o parracho de pedras onde os surfistas mostram toda sua habilidade sobre a prancha. Antigamente era conhecida como "Praia do Presídio" pela existência de um  local usado como cadeia.





                                   4. PRAIA DE BACOPARI

          Bacopari  é o local de preferência dos jangadeiros. Nesta praia os pescadores faziam as caiçaras e palhoças para guardarem suas embarcações e materiais da pesca. Próxima a área urbana, possui uma grande quantidade  de recifes que formam piscinas naturais ao longo da orla, além de uma área de mar aberto, muito frequentada por banhistas e surfistas. Cercada de dunas cobertas pela vegetação da Mata Atlântica, e a presença de um vasto coqueiral torna essa praia uma das mais belas da região. Os moradores mais antigos contam que o nome desta praia se refere a um naufrágio ocorrido nesta praia  no século XVIII, com um barco de nome "Barco Paris", então dizem que por não conseguirem pronunciar corretamente o nome verdadeiro, chamavam de "Bacopari" e assim ficou sendo.






          5. FAROL DE BACOPARI


          O Farol de Bacopari, no município de Baía Formosa, recebeu esse nome por está situado na praia do mesmo nome.Inaugurado em 1919 consta de  uma Torre octogonal de alvenaria, com retângulos brancos e pretos. Tem uma altura de  17 metros com alcance luminoso de 15 milhas náuticas e alcance geográfico de de 16 milhas. Sua altitude é de 30m. De acordo com a Secretaria de Turismo do município, as cores pretas do farol significam pedras e as cores brancas as dunas. É mantido sob os cuidados da Marinha do Brasil






          6. O CAMINHO ATÉ SAGI

          O caminho que  leva à  Sagi,  é de uma beleza estonteante!  De um lado, o azul do mar, do outro o verde da Mata Atlântica. São 25 Km de  praias na maioria desertas. O  passeio começa na praia da Cacimba, point dos surfistas, e logo se descortina  as bela praia de Bacopari; mais adiante o Farol de Bacupari. O trecho da praia onde está  situado o Farol é conhecido como Praia do Farol.
          Na sequência a Praia de  Barreirinhas. Nessa praia existe uma mina de água doce sob as falésias.Aqui as  as dunas circundantes são cobertas de barro, daí a origem do nome Barreirinhas.
          As Praias de Perobas e João dos Santos vem a seguir. Essa última homenageia um eremita que escolheu a praia para viver. Outras praias fazem parte desse roteiro até Sagi: Praia da Cachoeira (famosa pela existência no local de uma pequena cachoeira), Praia do Urubu e Praia da Cotia. 
                                                        
                                  Belos Cenários no caminho de Sagi







          7. Praia do Sagi e o Rio Guaju



          A última praia de Baía Formosa é também a última praia do litoral sul do Rio Grande do Norte. Aqui a vida é simples e tranquila. As maiores atrações ficam por conta do espetáculo de golfinhos serelepes que estão sempre por lá. Cardumes de atuns e tainhas são outros frequentadores que fazem a festa no mar de Sagi. Tudo em Sagi sugere paz e relaxamento. O silêncio do vilarejo só é quebrado pelos turistas que procuram o "OMBAK", um mix de restaurante e botequim, de propriedade do paulista Juvino Soares. Na casa onde a cachaça é o carro chefe, que tem, entre outros,  sabores das frutas e raízes existentes na Mata Estrela: ubaia, murici, jatobá, alcaçuz, pau-brasil. A culinária da casa à base de peixes e frutos do mar é excelente. O OMBAK  está na lista dos melhores restaurantes da região indicado pela revista "Quatro Rodas."



                                                                                  Praia do Sagi
          Bar e Restaurante OMBAK


          Rio Guaju 


          Outra grande atração do lugar é o Rio Guaju que cruza o lugarejo e separa o Rio Grande do Norte da Paraíba. Tudo é bonito nessa divisa natural: o rio, as dunas,
          Uma reserva de proteção do peixe-boi chama a atenção.O local serve de ponto para esses animais que costumam sair do mar para se acasalar no rio.
          Guaju significa Rio dos Caranguejos, que existe em abundância nos 2000 km de mangue desse rio., segundo Toreba um  guia de turismo local. Toreba criou o passeio ecológico no rio Guaju. De canoa ele leva turistas até o manguezal e incentiva a tomar o banho de lama. Com seu jeito simples e determinado, ele encanta a todos, e fala da luta pela preservação do mangue, que entre outros benefícios, é fonte de renda para o pessoal da região.


          Mangues do Rio Guaju
          Rio guaju na divisa com a Paraíba
          Rio Guaju



          FONTES:

          • Monografia - Levantamento das potencialidades Turísticas do Município de Baía Formosa ( Hérika Mendonça Soares - Gyorgia Magdalena Gomes Barreto -Fernanda Dantas Bertuleza - Renata Torres Soares Di' Maria)
          • Pesquisas WEB : Elíade Pimentel - Jornalista ( DRT -RN 8750)
          • Sites:
          • www.prefeituradebaiaformosa.com.br/informações.html
          • www,nataltrip.com/praias/baia_formosa
          • www,baiaformosa.com.br
          • www.natalonline.com/baia_formosa
          Fotos:

          • Acervo pessoal de Arilza Soares
          • Acervo pessoal do fotógrafo Canindé Soares
          • Imagens Google
          • Edição de fotos: Programa Pic-nic -Yahoo/BR