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Barra de Punaú - por Arilza Soares
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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

CARLOS ZENS - PESCADOR DE SONS DO BRASIL




Carlos Zens não é um artista comum.Cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista é daqueles músicos natos que nasceu para tocar. Mas ele vai muito além da intuição. É um estudioso e pesquisador não só da técnica do seu instrumento de trabalho (a flauta que domina com perfeição) mas dos rítmos e melodias do nosso povo. É um observador do cotidiano e tudo que o cerca faz sentido e pode se transformar em música. Faz releituras musicais incríveis, navegando entre o erudito e o popular e essa mistura me encanta.
Nem preciso dizer que gosto de todos os seus CDs, mas um considero sua obra prima: Pescador de Sons do Brasil! Um título por sinal muito feliz que resume exatamente o que Carlos Zens é, e o que faz como músico. 




 

Pescador de Sons não sai do meu toca-disco. Nessa pandemia Zens tem sido um grande companheiro. Enquanto mergulho nos meus afazeres domésticos me inundo desses sons maravilhosos que ele pescou e que tão generosamente nos presenteia. É lindo demais esse Cd!
Viajo e canto com ele esses ritmos fantásticos, do clássico ao popular, numa mistura genial que só um grande músico é capaz de criar. Pego Calando na praia, Afugento Ararunas, Toco Viola de Papo Pro Ar. Pego Siri de Jereré na companhia de Beethoven e me imagino dançando Ciranda numa roda com Lia em Itamaracá. Me extasio diante das Xanaxas essa flor tão bonita de se ver.Costuro sonhos com um Ponto em baixo um Ponto em Cima. Subo nas Dunas Brancas enquanto faço uma declaração de amor para minha cidade. Piso na Fulô ao som de Habañera para me esbaldar depois no Coco de São Gonçalo. Me encho de amor no coração cantando Rosas e Espinhos. Cantarolo baixinho o Choro para Dominguinhos e aumento o tom para cantar Samba porque sou feliz! Quero saber quem criou o Paraíso e encontro resposta na Praia do Amor. Olho na janela e vejo os Gaviões da Cidade mas prefiro continuar cantando e dançando Ciranda.Chamo os Cirandeiros para entrar na roda e me ensinar os passos da dança! A Gia Canta anunciando chuva. É hora de diminuir o ritmo frenético e respitar fundo! É tempo de Semear e Colher, pra mim quase um Mantra. Perfeito!
Obrigada Carlos Zens pela companhia. Obrigada principalmente por me permitir fazer essa viagem pescando sons com vc.




É grande a diversidade de ritmos regionais contidos nas  faixas do CD.
Carlos Zens realiza viagens sonoras onde " vislumbra um Brasil imaginário, caboclo, caiçara, sertanejo, jangadeiro e de repentistas representanres da nossa alma brasileira. Traz o canto natural da terra com a flauta e o sax soprano, numa maneira faceira de um Pescador de Sons.
Cavaquinho, rabeca, viola nordestina, sanfona, zabumba,triângulo, ganzá, caxixi, caixa, alfaia e berimbau completam o jereré nusical que ora pode o levar à cidade, ora para o mar ou ainda mais para o infinito do sertão sem fim.
( Natal Notícias - Jornal On Line em 26 de fevereiro de 2015)


SHOW PARA O LANÇAMENTO DO CD


O CD Pescador de Sons foi gravado no período de 2012 á 2014. Em 27 de fevereiro de 2015, no Teatro Alberto Maranhão, Carlos Zens faz o show, com o mesmo título para o lançamento do CD.Um show carregado de alegrias com interpretação de clássicos da música popular potiguar brasileira e da música universal.


REPERTÓRIO MUSICAL DE PESCADOR DE SONS


Pescador de Sons tem dezessete faixas, na sua maioria músicas autorais. Com maestria Zens faz leituras e releituras inspiradas nas raízes e matizes do nosso povo.
São elas:

  1. “Calango da Praia/Araruna” (Carlos Zens e Domínio Público)
  2. “De Papo Pro Á” (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano)
  3.  “Ciranda do Sossego/Tema 5ª Sinfonia” (Carlos Zens e Beethoven)
  4. Flor Xanana” (Carlos Zens)
  5. “Um Ponto em Baixo, Um Ponto em Cima” (Tico da Costa)
  6.  “Natal das Dunas Brancas” (Carlos Zens)
  7.  “Habañera/Pisa na Fulô” (Bizet e João do Vale/Silveira Jr e Ernesto Pires)
  8.  “Coco São Gonçalo” (Adap. Carlos Zens)
  9.  “Rosas e Espinhos” (Dudu Santos)
  10.  “Choro, Adagio para Dominguinhos (Carlos Zens, Tomaso Albinon
  11. “Sr. Samba ‘Samba do Rosário” (Carlos Zens)´
  12.  “Me Diz” (Petrônio Aguiar)
  13.  “Praia da Pipa, Praia do Amor” (Carlos Zens)
  14.  “Gavião na Cidade” (Carlos Zens)
  15. “Ciranda da Vida/Cirandeiros/Bolero” (Carlos Zens, Petrônio Aguiar e Maurice Ravel)
  16. “A Gia Canta” (Mestre Cícero da Rabeca. Adap. Carlos Zens)
  17. “É Tempo de Semear e Colher” (Calos Zens e Petrônio Aguiar.

VAMOS CANTAR COM O ZENS?



1 - Calango da Praia/Araruna (Carlos Zens e Domínio Público)



2- De Papo Pro Á (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano)
 


 3- Ciranda do Sossego/Tema 5ª Sinfonia
                    (Carlos Zens e Beethoven)



                   4 - Flor Xanana (Carlos Zens)




 5 - Um Ponto em Baixo, Um Ponto em Cima (Tico da Costa)





 6 - Natal das Dunas Brancas (Carlos Zens)





7 - Habañera/Pisa na Fulô (Bizet e João do Vale/Silveira Jr e Ernesto Pires)




8 - Coco São Gonçalo (Adap. Carlos Zens)





9 - Rosas e Espinhos (Dudu Santos)


 
10 - Choro, Adagio para Dominguinhos (Carlos Zens, Tomaso Albinon




11 - Sr. Samba ‘Samba do Rosário (Carlos Zens)




12 - Me Diz (Petrônio Aguiar)




13 - Praia da Pipa, Praia do Amor (Carlos Zens)




14 - Gavião na Cidade (Carlos Zens)




15 - Ciranda da Vida/Cirandeiros/Bolero (Carlos Zens, Petrônio Aguiar e Maurice Ravel)


 

16 - A Gia Canta (Mestre Cícero da Rabeca. Adap. Carlos Zens)




17 - É Tempo de Semear e Colher (Calos Zens e Petrônio Aguiar.




CARLOS ZENS - UM POUCO DO NOSSO ARTISTA




Nascido no Bairro de Santos Reis em Natal, Carlos Alberto de Freitas,Carlos Zens ou Carlinhos para os mais íntimos, iniciou sua formação musical aos 15 anos, quando entrou para a Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Posteriormente fez o Curso de Bacharelado no Instituto de Artes da Universidade Estadual de São Paulo.
Sua trajetória como artista já consagrado em Natal, inclui apresentações em várias cidades brasileiras e em programas de TV. Recentemente esteve em Cuba.
Além de Pescador de Sons, Zens tem outros ótimos CDs:
  • Ouvindo coração (2010)
  • Arapuá no cabelo (2008 - 2ª edição) 
  • O menino da paz ( 2007 - Trilha do Auto de Natal)
  • Fuxico de feira (2004 - 3ª edição)
  • Carlos Zens, o tocador de flautas ( 2001) 
  • Potyguara (1995 e 1997)


 Atualmente Pescador de Sons está disponível nas principais plataformas digitais junto com outros três CDs: Arapuá no Cabelo, Fuxico de Feira e Ouvindo o Coração. Estão inteirinhos e prontos para serem adicionados em sua #playlist. É só escolher o #streaming.

FONTES
  • Site Oficial de Carlos Zens 
  • http://www.natalpress.com.br/site/cidadania/29-home/destaques/6728-carlos-zens-lanca-cd-em-seu-novo-show-pescador-de-sons
  • http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/carlos-zens-em-pescador-de-sons/307051
  • https://ladyfthedestiny.wordpress.com/2015/02/26/carlos-zens-lanca-nesta-sexta-cd-em-seu-novo-show-pescador-de-sons/

                                                                       FOTOS
  • Imagens Google dos Sites acima relacionados
  • Acervo pessoal de Arilza Soares


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

E VIVA DOSINHO! O NOSSO COMPOSITOR MAIOR DE TANTOS CARNAVAIS





"Mandei fazer uma linda fantasia / Bem diferente por seu toda de capim / Saí com ela e me descuidei / O jerico comeu toda  E eu fiquei assim"...
"Tu fica aproveitando o vai e vem da multidão / Não se faça de doido não / Não se faça de doido não / Eu já notei que sua loucura é manha / Mas não esqueça que doido também apanha..."
" Eu não vou, vão me levando / Vão me empurrando / E desse jeito eu tenho que ir / Se bato em um, se piso em outro / Vocês vão me desculpando / Eu não vou, vão me levando..."
Ah Dosinho! Suas músicas embalaram os carnavais da minha infância e da minha juventude em Natal. Impossível esquecer. Você era a nossa voz, o nosso representante maior, pra mim tão importante quanto Capiba em Recife.  Vento Nordeste lhe presta hoje todas as homenagens, todos os aplausos,  todo o nosso reconhecimento pelo muito que você faz até hoje pelo canto potiguar. Obrigada por isso!





"Dosinho tem a linguagem musical. Diz todas as suas emoções na linha melódica, doce, clara, fácil, com uma naturalidade de fonte. E uma grandeza espontânea de predestinado" - Câmara Cascudo.

Claudionor Batista de Oliveira -  Dozinho, nasceu na cidade de Campo Grande no Rio grande do Norte. Iniciou sua carreira fazendo composições para campanhas publicitárias e políticas. Foi assistente de orquestra da Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Trabalhou na Gravadora Copacabana como agente e na Mocambo como representante. Em Natal, nos anos 60, produziu e apresentou um programa na Rádio Trairy, aos domingos, denominado Fábrica de Melodias, onde tocava os últimos sucessos da gravadora Mocambo, que ele recebia com exclusividade.


DOSINHO ENTREVISTADO POR NEY LOPES


Começou a compor nos anos 40, mas suas primeiras composições gravadas, datam de 1952: o samba choro "Há sinceridade nisso" e o baião "Se tocá eu danço" feitos em parceria com Manezinho Araújo e Carvalhinho e gravados por César de Alencar. No mesmo ano e com a mesma dupla fez o baião "Jica-jica" gravado em dueto por Cesar de Alencar e Heleninha Costa. Por essa época  compôs a música de carnaval "Marta Rocha" em homenagem a então miss Brasil, que visitava a cidade de Natal - essa música permaneceu inédita.






Em 1955, Os Cancioneiros gravara, de sua parceria com Genival Macedo, o Baião "Menino de pobre". No mesmo ano gravou o samba" Peço a Deus", parceria com Sebastião Rosendo. Em 1956, o Trio Puraci gravou dele e Hilário Marcelino a marcha "Vou de Reboque" e o samba-canção "Beco da maldição" dele com Expedito Baracho.. Em 1957, Os Cancioneiros gravaram os frevo-canções "Tempero de pobre" e Fantasia de Capim" que figuram entre seus maiores sucessos. Em 1959, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Trapo", parceria com Zito Limeira, e o samba "Só depende de você".






Em 1962  suas composições falavam da uma paixão maior do povo natalense - o Futebol. Compôs "O mais querido" - hino do ABC Futebol Clube sucesso até hoje entre a galera do "frasqueirão". Compôs ainda o hino do Alecrim Futebol Clube e um segundo Hino do América Futebol Clube de Natal, já que o primeiro era o mesmo do Ame´rica Futebol Clube do Rio de Janeiro.
Ainda esse ano, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção"Maltrapilha" e os Cancioneiros o samba "Sofredor".Em seguida foi a vez do lançamento do LP "Primeiro Ensaio", com o qual obteve grande sucesso e  elogios de Câmara Cascudo.






Em 1963, Roberto Bozzam gravou o bolero "Se alguém me perguntar" e o frevo-canção "Só presta quente". Em 1964, Meyes Gomes gravou o  frevo-canção "Eu quero mais" e José Alves "Me deixa em paz".
Entre seus LPs destaca-se "Carnaval de norte a sul" com 12 composições em parceria com Waldir Minone, interpretadas por Claudionor Germano. Albertinho Fortuna, Expedito Baracho, que cantou solo e como integrante do conjunto Os Cancioneiros e Carminha Mascarenhas.







Em 1965 lançou o compacto simples "A vez do morro" e Ponta negra" como parte da campanha Pró-Frente de trabalho João XXIII. No mesmo ano Gilberto Fernandes gravou "Baião". Teve músicas gravadas,além dos intérpretes  já citados: Blecaute, Trio Guarany com orquesrra Tamandaré e Paulo Marques. 
Dosinho é considerado um dos grandes nomes do Carnaval ao lado de Capiba e Nelson Ferreira. Depois de atuar no Rio de Janeiro e no Recife, voltou pra Natal onde permanece até hoje.



DOSINHO E SUA RELAÇÃO COM 
O FREVO EM PERNAMBUCO



ANTÔNIO NÓBREGA CANTA DOSINHO



Apesar do frevo ser pouco executado nas rádios natalenses, em Recife Dosinho é tratado como merece: “Mesmo se eu fosse dez não daria conta da demanda de shows, eventos, entrevistas...”, garante. Dos antigos compositores, do quilate de Capiba e Nelson Ferreira, Dosinho é o único que permanece em plena atividade. Já teve músicas gravadas por Claudionor Germano, Tri Guarany, Alceu Valença, Antônio Nóbrega e Silvério Pessoa. No repertório de sucessos compostos por Dosinho para o Carnaval pernambucano estão Vão me levando, Doido também apanha, Fantasia de capim, Tempero de pobre, Naquela base. Foi lançado também o CD Carnaval que o povo gosta, com gravações antigas remasterizadas e novas versões de suas músicas. Dosinho mantém um apartamento num flat, em Boa Viagem - Recife “para não se desligar dos amigos e da cidade”.

 

"BLOCO SEM NOME"  


UMA DESPEDIDA DOS ESTÚDIOS? TOMARA QUE NÃO!



 DOSINHO NO PROGRAMA CORES E NOMES



Na Natal dos Carnatais e dos Axés não tem lugar para Dosinho. Infelizmente! Mas ele segue a compor sua historia mesmo sem o prestígio que lhe cabe. Ele é o retrato vivo de um capítulo da nossa história momesca quando as pessoas se reuniam pelas ruas do Alecrim e da Ribeira para brincar e dançar atrás das orquestras de frevo. Aos 83 anos, o compositor se despede das gravações, deixando o último disco, intitulado "Bloco sem nome" que retrata a realidade atual do carnaval natalense, como na música título do disco e também em "Dolar na Cueca"  -  uma crítica aos políticos corruptos do país.
O álbum "Bloco sem nome" tem arranjos de Jubileu Filho e participação de artistas como Paulo Tito, Claudianor Germano, Tânia Talli, Expedito Baracho e Isaque Galvão.  São ao todo 14 músicas, antigas e recentes escolhidas a dedo pelo compositor. Apesar de dizer ser essa a sua última gravação, Dosinho garante que continuará compondo suas marchinhas e frevos para a alegria daqueles que brincam carnaval.



FONTES:

  • Jornal  Tribuna do Norte Natal/RN - Marchinhas renascem na boca do povo. Reportagem de Yuno Silva - Publicação: 04 de Março de 2011
  • Jornal Tribuna do Norte - Natal/RN - Mais um Carnaval - Publicação: 08 de Janeiro de 2010
  • Jornal Tribuna do Norte/ - Natal/RN "  - Bloco sem nome" é a canção de abertura do novo Disco de Dodoinho - Reportagem de Michelle Ferret.
  • Pesquisas Web - Sites:
  1. http:// musicapotiguarvbrasileira. blogspot.com.br
  2. http:// wwwnordesteweb.com - O encanto dos velhos Carnavais
  3. http://orquestrafreciacao.blogspot.com.br - O nosso Capiba Potiguar
  4. http://onordeste.com - Enciclopédia Nordeste - Dosinho


FOTOS:

  • Imagens Google
  • Edição de Fotos: programa Pic Monkey

VÍDEOS:
  • Dosinho participa do Programa de Olho na Cidade da Band -com o Jornalista Ney Lopes - Postado no You tube por "deolhonacidadedaband em 28/02/2012



  • Vão me levando (Dosinho) por Antônio Nóbrega no Agosto da Alegria. Postado no You Tube por ViverTN em 22/08/2011


  • Cores e Nomes - Dosinho.wmv - postado no You Tube por Cores e Nomes em 24/06/2010.




sábado, 16 de junho de 2012

LUIZ GONZAGA - AMIGOS E PARCEIROS POTIGUARES NA VIDA DO REI DO BAIÃO



Esse ano nas comemorações do centenário do maior cantor, músico e compositor de alma sertaneja, Luiz Gonzaga, o  Vento Nordeste não poderia estar ausente. Há muito que procurava uma maneira de falar do nosso mestre sem ser muito repetitiva, pois muito já se escreveu sobre ele. A excelente reportagem de Yuno Silva,  do Jornal Tribuna do Norte, me incentivou a fazer essa postagem. "As veias potiguares do Rei do Baião"- Publicada em 26/05/2012- com a colaboração de Leide Câmara, fala das relações de amizades e dos parceiros Norte - Riograndenses com  Luiz Gonzaga. Isso certamente muita gente desconhece. Eis então os nossos artistas potiguares que direta ou indiretamente ajudaram a fazer o sucesso do Rei do Baião.


1 - O POETA ZÉ PRAXÉDI



A primeira biografia sobre Luis Gonzaga  foi escrita pelo poeta potiguar José Praxedes Barreto, nascido em 15 de novembro de 1916 na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN.
Zé Praxédi como era conhecido, publicou em 1952 o livro sob o título de "Luiz Gonzaga e Outras Poesias". O Livro que  tem o prefácio escrito por Luis da Câmara Cascudo, foi  editado pela Continental Artes Gráficas de São Paulo/SP com o apoio do então Presidente da República o Potiguar João Café Filho.
O livro do Zé Praxédi escrito em forma de poesia matuta, é composto de vários poemas, sendo que o principal é  dedicado a Luiz Gonzaga, com 128 estrofes. Zé Praxédi que também publicou “O Sertão é Assim” e  “Meu Siridó”,  apresentou um Recital no Teatro Copacabana, com a presença do próprio Luiz Gonzaga, 




2 - O MÚSICO PAULO PERES TITO


Paulo Tito  conheceu Luiz Gonzaga em 1954. Tito já estava morando no Recife e trabalhava na Rádio Jornal do Commercio quando o Rei do Baião foi participar de um programa na capital pernambucana. “Ele estava com o grupo desfalcado e me ofereci para substituir o zabumbeiro. Como eu também cantava fez o convite para ir para o Rio. Quando dei fé, dias depois, recebi um telegrama reforçando o convite. Cheguei no Rio de Janeiro bem no dia do aniversário dele, 13 de dezembro, e quem foi me buscar no aeroporto foi a esposa Dona Helena, que quando me viu, baixinho e sem pescoço, logo reconheceu”, brinca o senhor de 83 anos e ainda com a voz em plena forma.



                                           Sertão 70 - Produzido por Paulo Tito

Paulo Tito passou uma temporada de dois meses na casa de Luiz Gonzaga e acabou morando por 26 anos no RJ, onde,atuou como produtor musical. Assinou a produção e os arranjos do álbum “Sertão 70″ do mestre. “Não dava para trabalhar com ele, viajava demais: amanhecia no Rio, tomava café no Recife e almoçava no Ceará, o homem não parava no lugar”, lembra o potiguar.

      3 - O MOSSOROENSE CARLOS ANDRÉ




O mossoroense Carlos André trabalhou com Luiz Gonzaga desde 1960, quando o Trio Mossoró acompanhava  Gonzaga nos shows. Os laços de amizade entre os dois foram muito intensos. Em 1963 Luiz Gonzaga foi padrinho de casamento de Carlos André.
Èm 1983, Carlos André foi convidado pelo presidente da gravadora RCA para uma reunião e ficou sabendo que o Luiz Gonzaga iria ser dispensado pois há quase uma década ia mal nas vendas. Carlos André entrou em cena para ajudar o amigo, “Disse que dava para contornar a situação, que ia produzir os discos de Luiz Gonzaga, disse que ele fora da praia dele gravando com orquestras e que deveria voltar às origens. Passei mais de uma hora para convencer o presidente a dar uma nova chance”.




O potiguar produziu os discos “Danado de bom” (1984), “Luiz Gonzaga & Fagner” (1984), “Sanfoneiro macho” (1985), “Forró de Cabo a Rabo” (1986) e “De Fiá Pavi” (1987), álbuns que reúnem sucessos que imortalizaram Luiz Gonzaga. “Foi um sucesso atrás do outro. Era uma honra produzir esses discos, principalmente por que comecei imitando Gonzagão. 
Atualmente Carlos André trabalha com Fagner no relançamento de todo o acervo de Luiz Gonzaga. A previsão é que os discos cheguem às lojas em setembro, junto com CD de outros artistas que também regravaram Gonzagão e um DVD com depoimentos do próprio artista.



4 - O COMPOSITOR  HENRIQUE BRITO






Natalense, o violonista e compositor Henrique Brito mudou-se para o Rio de Janeiro ainda na década de 1920. Com o parceiro Noel Rosa criou a música “Queixumes”, primeira composição de um potiguar gravada por Luiz Gonzaga em 1945 (versão instrumental).
No Rio de Janeiro,em meados dos anos 1920, conheceu Braguinha, seu colega de turma que o levou a seguir o caminho da música. Em 1932, depois de participar como músico da Brazilian Olympic band do maestro Romeu Silva, que acompanhou a delegação brasileira aos Jogos olímpicos de los Angeles, fugiu do navio que o traria de volta ao Brasil, so retornando ao país um ano depois. na ocasião trouxe um violão amplificado, sob a sua orientação,feito por um fabricante de instrumentos musicais americano. A invenção, até então inédita no Brasil, não foi patenteada por ele,mas muitos o considera inventor do violão elétrico.



Queixumes - Henrique Brito

5 - O COMPOSITOR JANDUHY FINIZOLA 





Médico de Jardim do Seridó, Janduhy Finizola da Cunha, conheceu Gonzaga em um hospital de Campina Grande (PB), quando estava de plantão e atendeu o Velho Lua. Gonzaga gravou várias músicas do médico, entre elas “Jesus Sertanejo”, “A Missa do Vaqueiro”, “Ana Maria”, “Cidadão de Caruaru”, “A Nova Jerusalém” e “Frei Damião”
.


 Janduhy Finizola e o Quinteto violado no 
Programa Som Brasil da TV Globo

A Missa do Vaqueiro, que acontece desde 1970, no Município de Serrita, sertão pernambucano, é uma homenagem ao Vaqueiro Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga, morto assassinado. O compositor Janduhy Finizola compôs a trilha musical, executada por Luiz Gonzaga. Em 1 976 o Rei do Baião passou a dividir o palco com o Quinteto Violado que, desde então, é o responsável pela execução.


6 - O COMPOSITOR FRANCISCO ELION 




Francisco Elion Caldas Nobre, mais conhecido como Chico Elion, é autor da célebre “Ranchinho de paia”. Composta em 1952, a música foi eternizada pela voz de Luiz Gonzaga em 1981, no disco “A festa”. Nascido em Açu/RN Elion estreou como cantor aos 18 anos no Rio de Janeiro, gravou seu primeiro álbum solo em 1955, “Chico Elion & vozes amigas” (78 rpm), e tem mais de 400 músicas – muitas ainda inéditas.


 
                                         Ranchinho de Paia - Chico Elion

             
  7 - O PARCEIRO ELINO JULIÃO 





Cantor e compositor de Timbaúba dos Batistas, Elino Julião da Silva, está na lista dos compositores gravados por Luiz Gonzaga. Julião começou sua carreira artística na década de 1950, interpretando músicas de Jackson do Pandeiro – de quem foi parceiro na década seguinte. Morou no Rio de Janeiro e fez bastante sucesso nos anos 1960 com a já clássica “O rabo do jumento”, sua primeira gravação solo.
Luiz Gonzaga, que já era conhecido como o “Rei do Baião”, estreava na TV Cultura o show “Chapéu de Couro” e convidou Elino para trabalhar ao seu lado como ritmista. A experiência durou três anos e neste período, Elino morou na casa de Luiz Gonzaga, juntamente com o irmão do “Rei do Baião”, o cantor Zé Gonzaga, conhecido como o “Príncipe do Forró.



8- O PARCEIRO SEVERINO RAMOS







Ovo de Codorna - Severino Ramos

Autor do sucesso “Ovo de codorna”, gravado em 1972 por Luiz Gonzaga no disco “Aquilo bom!”, o caicoense Severino 
Ramos começou sua carreira de compositor aos 28 anos. Embora tenha nascido no RN, foi registrado em Campina Grande (PB). Em 1951 seguiu para o Rio de Janeiro, onde consolidou parcerias com Jackson do Pandeiro, Elino Julião  Luiz Gonzaga. Severino Ramos teve outras músicas gravadas por Luiz Gonzaga, entre elas, O xaxado  "Nega Zefa", o forró "Forró de Zé do Baile" (1964), o côco  "Xeêm" e "Anita Cipó" (1968).


Forró de Zé do Baile - Severino Ramos



FONTES:
  • Jornal Tribuna do Norte - Portagem de Yuno Silva - "As veias potiguares do Rei do Baião"- Publicada em 26/05/2012- com a colaboração de Leide Cãmara ( Informações catalogadas no Dicionário da Música Potiguar)
  • Site "Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira"
  • Site Nordeste.com - "Enciclopédia do Nordeste
FOTOS:
  • Imagens Google
  • Edição de fotos: Site Pic Monkey
VÍDEOS:
  • Vídeo 1 - Música Queixumes com Luiz Gonzaga - Postada no You Tube por apfrezende em 17/03/2012
  • Vídeo 2 - Música A missa do Vaqueiro com Luiz Gonzaga e o Quinteto Violado no Programa Som Brasil da TV Globo - Postado no You Tube por Paulovanderley em 03/05/2009
  • Vídeo 3 - Música Ranchinho de Paia com Luiz Gonzaga postado no You Tube por forropezaum em 29/07/2011
  • Vídeo   4 - Música Forró de Zé do Baile com Luiz Gonzaga - Postado no You Tubr por Crisforroots em 09/12/2011