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Barra de Punaú - por Arilza Soares

segunda-feira, 27 de junho de 2011

PAMONHA DE MILHO VERDE



                                                                                    

Nesse mês de Junho, todo nordeste está envolvido com as festas típicas,ditas juninas.É época de muito milho verde,canjica.de pé de moleque e de todas as delícias da nossa rica gastronomia.É época de pamonha, muita pamonha! Essa iguaria tem muita aceitação em Natal.Aqui se encontra pamonha o ano inteiro,em padarias,em casas de vendas de produtos regionais ou até mesmo com vendedores ambulantes que passam em carros pelas ruas dos bairros mais populares anunciando pelo microfone:"Olha a pamonha" (detalhe o pregão é uma gravação-tempos modernos! O ambulante só dirige o carro e efetua as vendas). 



A Pamonha é  muito consumida no Brasil, principalmente nos estados de São Paulo( com destaque para as famosas pamonhas de Piracicaba )Minas Gerais e Goiás, além da presença em toda Região Nordeste.Sofre alterações regionais,quanto ao sabor( que pode ser doce ou salgada) e recheios usados.Hoje são encontradas pamonhas de queijo,coco ralado,linguiça,frango etc.Inovação é o que não falta, mas a massa básica do seu preparo é a mesma em qualquer lugar: milho verde ralado, misturado ao leite, sal ou açúcar dependendo do gosto.Essa massa é colocada em um "recipiente" feito com a própria casca do milho.





A origem da pamonha é polêmica.Entre as várias vertentes fico com com a que defende que a pamonha tenha surgido da mistura entre as tradições indígenas ( que dominavam o cultivo do milho - a própria palavra pamonha vem do tupi Pa'muña que significa pegajoso) das tradições portuguesas (que teriam trazido para o Brasil uma receita muito semelhante à da pamonha) e dos escravos africanos que teriam feito as adaptações regionais necessárias até chegar a pamonha que conhecemos hoje.  


 Receita da Pamonha de Milho Verde Nordestina


Ingredientes

8 espigas de milho verde com palha
1colher  (sopa) de manteiga
1 e ½ xícara (chá) de açúcar
½ xícara  (chá) de leite
1 pitada de sal

Modo de Preparar

Cortar as extremidades das espigas com uma faca.Limpar as espigas e reservar as palhas maiores para embrulhar as pamonhas.
Em uma panela,levar ao fogo o leite ( que pode ser de coco, se preferir) e a manteiga até derreter. Reserve.
Com uma faca retirar os grãos das espiga. Bater os grãos no liquidificador até obter um creme. Adicionar essa mistura ao leite reservado, acrescentar o açúcar, o sal e mexer bem. Passar as palhas reservadas em água fervente por alguns segundos. Separar duas palhas para cada pamonha. Pegar a primeira, dobrar as laterais e a ponta, formando um saquinho. Encher o saquinho com o líquido da pamonha e cobrir com a outra palha, dobrando as laterais e a ponta. Amarrar as extremidades, de canto a canto, com um barbante. Colocar as pamonhas em uma panela com água, uma a uma, e cobrir com os sabugos. Mantenha no fogo por 1 hora ou até a palha ficar bem amarelada. 
                                      Livro de Receitas Digitais -Google

     
Clique no link abaixo e aprenda a fazer, passo a passo, uma autêntica pamonha nordestina. 





                                                                              


Aprenda a fazer e chame os amigos para um lanche típico dessa época de festas.Só tome cuidado para não chamar alguns deles de" pamonha" que é o mesmo que chamar essa pessoa de molenga, abobado, preguiçoso, bobo. 



domingo, 26 de junho de 2011

29 DE JUNHO - DIA DE SÃO PEDRO E O ENCERRAMENTO DO CICLO JUNINO





São Pedro, o último Santo da trilogia dos festejos juninos, é festejado no dia 29 de junho com a realização de grandes procissões marítimas em várias cidades do Brasil. As festividades de São Pedro enceram, no calendário oficial e religioso, o ciclo dessas comemorações, muito embora nas grandes cidades esses festejos se estendam a todo mês de julho. 



OS FESTEJOS EM TERRA





Como qualquer outro festejo junino, quadrilhas, fogos, comidas típicas, brincadeiras tipo pau de sebo, pescaria, jogos da argola, boca de palhaço, entre outras, estão presentes também nas comemorações do dia de São Pedro.
Reza a tradição que, nesse dia,  todos os que receberam seu nome devem ascender fogueiras nas portas das suas casas. A fogueira de São Pedro deve ter um formato triangular. 
Em alguns lugares, no dia de São Pedro, acontece a brincadeira do roubo do mastro de São João, que só é devolvido na semana seguinte. 
Outro costume desse dia é amarrar uma fita no braço de alguém com o nome de Pedro. Essa pessoa que foi amarado com a fita tem a obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida àquele que o amarrou, em homenagem ao Santo.




OS FESTEJOS NO MAR





É como Padroeiro dos pescadores que São Pedro é mais lembrado. Nas pequenas colônias de pescadores saem procissões marítimas em seu louvor. Afinal o Apóstolo era pescador na Galiléia. Foi, para ele e seu irmão André a frase de Cristo “Vinde e segui-me, que eu os farei pescadores de homens".







Segundo a Bíblia, seu nome original era Simão. Por muito tempo, ele viveu como pescador, até que João o levou pra um grupo de seguidores de Jesus Cristo, e logo. ele acabou se tornando um dos apóstolos e, por causa da sua firme liderança, Jesus deu-lhe o nome de Pedro, que significa "rocha".






Homem de origem humilde São Pedro,  nasceu  em Betsaida, ás margens do rio Jordão. Discípulo de Jesus e conhecido como o Príncipe dos Apóstolos, foi nomeado para fundar a Igreja Católica, tendo sido o primeiro Papa.






"Eu te digo: tu és pedra e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do do inferno não prevalecerão contra ela. E te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será também ligado nos céus" (Mt.16:18-19)






Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro, o apóstolo e pescador do lago de Genezareth, é também o responsável pelas chaves do céu e pela chuvas. Segundo a crença católica, após a sua morte foi nomeado Guardião das portas celestes; sendo assim para entrar no céu é preciso que São Pedro abra as portas.




Fontes:
  •  Pesquisas  Google:
  •  Wikipédia - a Enciclopédia livre:  São Pedro
  • htt://www.festajunina.com.br/Tradicoes-e-Historias/Livro/Santo-Antonio,-Sao-Joao-e-Sao-Pedro:-Sao-Pedro,-fundador-da-Igreja-Catolica#sthash.uinR5fjI.dpuf
    • Jornal Tribuna do norte - Natal/RN    

     Fotos:

     1 - Imagens Google 
     2 - Edição de Fotos:Programa Pic-Nic -Yahoo/BR Pic-Nic -Yahoo/BR



                 

      quinta-feira, 23 de junho de 2011

      SIMPATIAS ( ADIVINHAÇÕES) NAS FESTAS JUNINAS





      Nenhuma outra festa no Nordeste é tão rica  em  cultura e tradição popular quanto as festas juninas. Cheias de símbolos e de brincadeiras passadas de uma geração para outra, essas festas ficam gravadas para sempre na mente e no coração de quem, como eu, participou intensamente delas. Quando criança curti todas as brincadeiras permitidas à idade, mas foi na adolescência  que mais aproveitei:  adorava dançar quadrilha! Cada ensaio era uma festa e uma oportunidade de encontrar os garotos do lugar. Mas, bom mesmo, era fazer as .adivinhações na véspera de São João, o Santo mais popular dos festejos.Numa época em que casar era o maior objetivo na vida de uma mulher,ficar sem namorado era terrível, pois você estava condenada a "ficar no "caritó" expressão usada para as moças com mais de vinte anos que continuavam solteiras E é aqui que as "adivinhações" aparecem como uma brincadeira levada à sério por muitas jovens da época já que a maioria dessas simpatias eram feitas, entre outras coisas, para arranjar  um marido. 




                                                  Brincadeira de Fogueira
                                         


      Tem tanta fogueira/tem tanto balão
      Tem tanta brincadeira /todo mundo no terreiro
      Faz adivinhação...




      Os Santos juninos, principalmente Santo Antônio, conhecido como o Santo casamenteiro e São João, eram os mais requisitados quando se tratava de fazer adivinhações. Os objetos utilizados nessas ocasiões tinham que ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão nada funcionava.
      Algumas das adivinhações aqui postadas são relatadas a partir das minhas experiências, outras tiveram como fonte de pesquisa o mestre do folclore Luiz da Câmara Cascudo, conterrâneo ilustre, no seu livro "Dicionário do Folclore Brasileiro.
                            

                                       
                           As Adivinhações



      Danei a faca no tronco da bananeira
      Não gostei da brincadeira /Santo Antônio me enganou
      Sai correndo lá pra beira da fogueira
      Ver meu rosto na bacia /A água se derramou...



                13 de Junho - Dia de Santo Antônio                         
                    
      A Lenda de Santo Antônio




       Duas moças não tinham dinheiro para o dote, e portanto não iam poder arranjar marido.  Conta a lenda que Santo Antônio teria jogado um saquinho de moedas pela chaminé das moças desamparadas.

      Esse caso teria dado origem à sua fama de Santo casamenteiro.   



                     Invocando Santo Antônio


      1 - Pegue na imagem do Santo António, e fale com ele. Diga-lhe que enquanto ele não lhe arranjar um namorado ficará no frigorifico.Coloque a imagem no  congelador. Retire-o de lá quando o seu amor lhe bater á porta.




      2 - Logo na manhã do dia 12 de Junho, véspera de Santo Antonio, compre um metro de fita azul, de qualquer largura, e escreva nela o nome completo da pessoa amada. Guarde a fita junto ao seu coração. À noite, conte 7 estrelas no céu, e enquanto conta faça um pedido ao santo, para que ele ajude você a conquistar o coração dessa pessoa. No dia seguinte, amarre a fita nos pés da imagem de Santo Antonio e deixe lá, até conseguir namorar com ele ou com outro de seu agrado.
       



      3 -  Amarre uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, pedindo que lhe dê um marido. Reze um Pai Nosso e uma Salve Rainha. Pendure a imagem de cabeça para baixo sob a sua cama. Só desvire quando alcançar o pedido.


      24 de junho  - Dia de São João



                                     São João do Carneirinho


      Costumes  juninos representam atos em homenagem a São João.
      A fogueira, por exemplo, lembra o anúncio do nascimento de João Batista, filho de Isabel e primo de Jesus, à Virgem Maria. Como era noite e Isabel morava em uma colina, esta foi a forma encontrada para o aviso. 
      Por isso,nas noites de junho são montadas fogueiras como forma de celebração. 
                         

                         Invocando São João







      1 - Passe sobre a fogueira um copo virgem contendo água. Depois amarre a aliança de uma mulher casada enrolada em um fio de cabelo. Reze uma Ave Maria. Tantas são as pancadas dadas pelo anel nas paredes do copo quanto os anos que o pretendente terá de esperar para se casar.


                                                                    

                                                     
                     

      2. Passe um ramo de manjericão na fogueira e atire-o ao telhado. Se na manhã seguinte o manjericão ainda estiver verde, o casamento é com moço. Se murchar, é casamento com velho.











      3. A meia noite do dia 23, introduza uma faca virgem numa bananeira.Reze uma Salve Rainha; depois disso você tem que voltar pra casa sem olhar para trás.No dia seguinte, aparecerá na faca a inicial do noivo ou noiva.Se não aparecer nada é porque não haverá casamento.






      4 - Escreva em papeletes os nomes dos pretendentes. Enrole os papéis e coloque-os em uma vasilha com água. Deixe no sereno na véspera de São João. No dia seguinte o papel que amanhecer desenrolado indicará o nome do seu futuro marido.








      5 - Separe três pratos: um sem água, outro com água limpa e outro com água suja. Deixe na mesa de cabeceira na véspera de São João. No dia seguinte de olhos vendados ponha a  mão em um deles:o prato sem água não dá casamento; o de água suja indica casamento com viúvo;o de água limpa é 
      bom casamento na certa.                                            
                                                    




      Os tempos mudaram e com ele muito dessas tradições já não se cultivam, principalmente na cidade grande. Mas as simpatias fazem parte do imaginário popular, são uma parte importante e curiosa do nosso folclore, e viraram tradição durante as festas juninas. E mesmo sem comprovação da sua veracidade, muitos ainda as praticam por esse interior do Brasil, seja por fé ou como um simples  entretenimento.




      FONTES: 
      • Dicionário do Folclore Brasileiro - Luís da Câmara Cascudo Ediouro Publicações/SP

      FOTOS
      Imagens Google        
                                                  

               

      terça-feira, 21 de junho de 2011

      DELÍCIAS NO SÃO JOÃO - CANJICA DE MILHO VERDE




                                                                             


      De todas as festas do nosso calendário é a festa junina que mais gosto e a que tenho belas recordações tanto da minha infância quanto da munha juventude. Foram momentos marcantes vivenciados com muita paixão. Mas é da comida a lembrança mais forte -  festa junina que se preza tem que  ter comida - e muita comida! Canjica, munguzá, pamonha, pé de moleque, milho assado... São João e milho! Uma combinação perfeita! Lembro que enquanto todos estavam envolvidos na decoração da rua, ou em  preparar o material para as adivinhações, a minha mãe se esmerava em preparar a melhor "Canjica" da redondeza. Delícia que até hoje ela faz questão de fazer todos os anos no dia de São João.



      Dona Angelita e sua Canjica


                                                                               
                           

      CANJICA DE MILHO VERDE




                                     

                
      Saborosa, feita basicamente com milho verde, coco, açúcar e canela, servida quente ou fria, é um tradicional prato do ciclo de festas juninas, com aquele gostinho de roça. É conhecida no Sudeste como  "curau" mas dele se diferencia pela consistência mais firme e sabor.








      RECEITA DA CANJICA  DE DONA ANGELITA





      Ingredientes

      10 espigas de milho verde
      3 xícaras de açúcar
      2 cocos secos
      Canela a gosto
      Água suficiente para tirar o leite de coco



      Modo de Preparo

      Corte o milho rente ao sabugo. Reserve.
      Raspe o coco (bem fino) e coloque um pouco de água, para peneirar e tirar o leite grosso. Reserve.
      Depois de peneirar coloque mais água nesse coco e tire o leite de coco mais fino, que será usado para passar o milho no liquidificador.
      Logo que liquidificar todo milho acrescente o açúcar e leve ao fogo, sem parar de mexer, para engrossar. Quando engrossar coloque o leite de coco mais grosso que foi reservado no início.
      O tempo de cozimento é de aproximadamente 1h e 40 minutos ( mexendo sempre)
      Use para mexer um colher de pau grande.
      Depois de cozida, coloque nos pratos (ainda quente) e polvilhe com canela em pó.

      Dica importante: passe o milho no liquidificador em pequenas porções, peneire e vá colocando na panela que será usada  para fazer a canjica. Com o bagaço que ficar junte um pouco do leite de coco mais ralo, peneire e use o líquido obtido para liquidificar nova porção do milho. Repita essa operação até acabar todo milho. Assim você aproveita o milho na sua totalidade.








         ORIGEM DA CANJICA

      .
      O sociólogo Gilberto Freyre, acredita que a canjica seria uma deliciosa herança dos Tupinambás, índios brasileiros, e que a palavra vem do termo tupi “acanjic”.
      Para Nei  Lopes (Novo Dicionário Banto do Brasil) a origem é africana e o termo que batiza o nosso prato junino tem origem no quicongo, língua falada no Congo e Angola. O dicionarista vê no termo canjica uma metamorfose de “Kanzika”, papa grossa de milho cozido.







      Já o filólogo Antonio Geraldo da Cunha (Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa) entende   que o termo viria de Kanji, termo da língua malaiala falada na região de Malabar, sudoeste da Índia e que significa “arroz com água”. Assim a  canjica teria origem asiática. E enquanto os pesquisadores não chegam a um consenso sobre a origem da nossa canjica,vamos aproveitar para saboreá-la nessa época de festa da  trilogia junina:   Santo Antônio - São João - São Pedro.







      Clique no link abaixo e aprenda a fazer, passo a passo, uma autêntica Canjica nordestina. 
        
      FONTES


        1. História da Alimentação no Brasil - Luiz da Câmara Cascudo - Editora Globo - SP / 2011
        2. História da Gastronomia no Rio Grande do Norte - Maria Marluce Gomes - Editora Alternativa - RN/2004
        3. Angelita Soares - Receita da Canjica revisada por sua filha Alzimar Medeiros.
        4. Pesquisas Google:
      • http://confrariadobaraodegourmandise.blogspot.com.br/2011/06/os-pes-de-moleque-e-as-delicias-juninas.html
      • http://pelegrini.org/wp-content/uploads/2012/06/canjica1.jpg
      • http://fenixdealagoas.blogspot.com.br/2013/06/cangica-nordestina.html
      • http://tia-ignez.blogspot.com.br/2013/09/curau-de-milho-verde.html
      • http://www.receitinhas.com.br/receita/curau-de-milho-verde.html



      • FOTOS  

        IMAGENS GOOGLE - SITES:


        • http://nominuto.com/noticias/ciencia-e-saude/a-tradicao-do-bolo-pe-de-moleque/72469/
        • http://fuleiragem.typepad.com/feito_em_casa/2007/06/bolo-p-de-moleq.html
        • http://gshow.globo.com/receitas/globorural/bolo-pe-de-moleque-4e0ccd87d7001a4ba1000596
        • http://confrariadobaraodegourmandise.blogspot.com.br/2011/06/os-pes-de-moleque-e-as-delicias-
        • juninas.html
        • Acervo do Vento Nordeste
      • Edição de Fotos: Site Pic-Nic da Yahoo/BR

      LINK/VÍDEO:
      •  UOL / YouTube -Postado por  Disto e Daquilo em 27/06/2010



      segunda-feira, 20 de junho de 2011

      IGREJA DE BOM JESUS DAS DORES


                                                                                      
                                                                                   
      Sou fascinada por Templos, mais precisamente por templos católicos com os quais tenho mais intimidade, já que minha vida, tanto na infância como na adolescência, foi direcionada a essa fé religiosa. Quando criança nunca deixei de ir, com minhas tias ou minha avó, para as missas aos domingos, as procissões, as festas da paróquia, da padroeira, e todo tipo de celebrações religiosas da Cidade que não eram poucas. Na adolescência estudei em Colégio de freiras e participei ativamente de movimentos de ação católica.
      Hoje, não tenho vínculos com nenhuma instituição religiosa, mas não passo indiferente diante de uma Igreja. Gosto de entrar, sentar, respirar um pouco o clima de fé e me extasiar diante das belas esculturas da Arte Sacra. E foi com esse sentimento de  nostalgia espiritual que, de volta a Natal, visitei todas as Igrejas que fizeram parte da minha historia.


      Paróquia do Bom Jesus das Dores


                                                                                    

                                                                                   
      Construída na primeira metade do século XVIII, foi a quarta igreja edificada em Natal, nove anos depois da construção da Igreja de Santo Antônio. Em 1774  foi também sede da capelania militar do Exército. No governo de Dom Joaquim de Almeida a capela passou para os padres franciscanos e em 1913 foi dirigida pelos padres da Santa e Sagrada Família.
      A capela original não possuía suas duas torres como hoje. Tinha uma fachada barroca, com belíssimo frontispício, quase semelhante ao da Igreja de Santo Antônio. Câmara Cascudo que lá foi batizado pelo Padre João Maria, diz que “apesar da Ribeira ser um bairro residencial e com o maior comércio a Capela foi sempre modesta, sem esplendores e seduções materiais”. Tornou-se matriz do Bom Jesus das Dores com a criação da paróquia do mesmo nome, por decreto de Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, na data de 9 de janeiro de 1932.







      A bela praça em frente a Igreja não existe mais. Em nome do "progresso" o jardim foi substituído por um cruzamento de ruas para melhoria da Ribeira. Hoje resta apenas  um canteiro inexpressivo no tumultuado trânsito local. Mas a Igreja continua ali, imponente, bem cuidada, sem dúvida um dos mais belos templos da cidade.                                                                             
                                


      No interior da Igreja do
       Bom Jesus das Dores


      A igreja abriga algumas das esculturas sacras bem antigas, como a belíssima image de Nossa Senhora logo na entrada do templo e a imagem de Bom Jesus das Dores na Nave principal.

                    









      Na entrada da Igreja



         

      A beleza singular da Igreja do Bom Jesus  das Dores, aliada à sua tradição e ao  excelente  estado de conservação,faz dela a preferida na cidade, para a realização de celebrações de casamentos e bodas.                                            
         


                                                                                                                                                
       Igreja Matriz do Bom Jesus das Dores
      Praça Cap. José da Penha, 135 - Ribeira 59012-080 - Natal - RNTel:(84) 3615.2823 Capacidade de Pessoas Sentadas: aprox .300  Horário de Funcionamento: 14h às 18h
                                                                 

       Fontes:

      • Jornal Diário de Natal
      • Pesquisas Google - Site da Paróquia do Bom Jesus das Dores
      Fotos:

      • Imagens Google
      • Edição de fotos: Programa Pic-Nic -Yahoo/BR