21 de novembro, o dia mais feliz de tua aparição, / e hoje nós te festejamos ó Nossa Senhora da Apresentação / Hoje a felicidade traz toda cidade à tua catedral / pra louvar-te Maria / que escolheste um dia teu trono em Natal (do Hino de Nossa Senhora da Apresentação)
Desde muito criança acompanhei minha avó em tudo que era procissão e festas religiosas da cidade, e adorava! Festa de paróquia então, nem se fala, era uma maravilha: quermesses, barraquinhas, parque de diversões, novenas, missas, procissões, era tudo muito mágico pra mim! Mas a festa da Padroeira era especial, esperava por ela o ano todo, para ir com a minha avó até a Igreja do Rosário onde de longe ela me mostrava o local onde Nossa Senhora tinha aparecido, enquanto repetia cheia de orgulho a história da nossa padroeira. Cresci carregando essa orgulho comigo - que coisa maravilhosa saber que Nossa Senhora escolheu "um dia seu trono em Natal'!
A HISTÓRIA DA PADROEIRA DA CIDADE DE NATAL
O professor e historiador Itamar de Souza, escrevedo á respeito para os Cadernos Especiais do jornal a Tribuna do Norte de Natal/RN nos fala o seguinte:
"A história da Padroeira de Natal, Nossa Senhora da Apresentação, baseia-se na tradição oral. Não um documento registrando a chegada da sua imagem às margens do rio Potengi. É importante salientar que, mesmo sem ter aqui uma imagem, Nossa Senhora da Apresentação é a Padroeira desde os primórdios da vida cristã da comunidade natalense.
Em 1990, escrevemos de Brasília, uma carta ao monsenhor Severino Bezerra, chanceler da Cúria e historiador da Arquidiocese de Natal, fazendo-lhe algumas indagações sobre o orago de Natal. Na sua carta resposta, ele nos fez a seguinte revelação: "Em 29 de março de 1718, antes da chegada de Nossa Senhora da Apresentação, num inventário por morte de Joana de Barros, em Goianinha, entre as dívidas deixadas pela falecida está: esmola de 5.000 (cinco mil) réis à Nossa Senhora da Apresentação. Só 35 anos depois foi o encontro da imagem" (Carta datada de 20 de maio de 1900. Corrobora esta revelação o que Frei Agostinho de Santa Maria escreveu num livro publicado, em Lisboa, em 1722, citado pelo historiador Luís da Câmara Cascudo: "Na capela-mor daquela matriz se colocou pouco depois um grande e famoso quadro de pintura, em que se vê o mesmo mistério da Senhora historiado... A sua festividade se lhe celebra em 21 de novembro, que é o dia em que a Senhora foi oferecida ao Senhor da Glória". (1980:122).
Em 1990, escrevemos de Brasília, uma carta ao monsenhor Severino Bezerra, chanceler da Cúria e historiador da Arquidiocese de Natal, fazendo-lhe algumas indagações sobre o orago de Natal. Na sua carta resposta, ele nos fez a seguinte revelação: "Em 29 de março de 1718, antes da chegada de Nossa Senhora da Apresentação, num inventário por morte de Joana de Barros, em Goianinha, entre as dívidas deixadas pela falecida está: esmola de 5.000 (cinco mil) réis à Nossa Senhora da Apresentação. Só 35 anos depois foi o encontro da imagem" (Carta datada de 20 de maio de 1900. Corrobora esta revelação o que Frei Agostinho de Santa Maria escreveu num livro publicado, em Lisboa, em 1722, citado pelo historiador Luís da Câmara Cascudo: "Na capela-mor daquela matriz se colocou pouco depois um grande e famoso quadro de pintura, em que se vê o mesmo mistério da Senhora historiado... A sua festividade se lhe celebra em 21 de novembro, que é o dia em que a Senhora foi oferecida ao Senhor da Glória". (1980:122).