"Ouro branco que faz nosso povo feliz / Que tanto enriquece o país / um produto do nosso sertão"
Essa postagem é dedicada a você meu pai, pois sei que esteja na dimensão que estiver o senhor vai estar comigo, continuando nossas conversas sobre o Ouro branco - esse produto do nosso sertão de que o senhor tanto se orgulhava. Saudades!
Planta da família das Malvaceaes, espéceis nativas das áreas tropicais da África, Ásia e Américas. O algodão é a matéria fibrosa que envolve as sementes algodoeiro, e embora macia, suas fibras apresentam boa resistência a esforços de tração, o que permitiu sua utilização na confecção de tecidos.
A palavra algodão deriva de al-qu Tum, na língua árabe, porque foram oa árabes que, na qualidade de mercadores, difundiram a cultura do algodão pela Europa. Ela gerou os vocábulos cotton, em inglês, coton em francês e cotone, em italiano.
O algodoeiro é uma planta dotada de raiz principal cônica, profunda, e com pequeno número de raízes secundárias grossas e superficiais. O caule herbáceo ou lenhoso, tem altura variável e é dotado de ramos vegetativos e ramos frutíferos
As folhas são pecioladas, inteiras ou recortadas (3 a 9 lóbulos). As flores são hermafroditas,. Elas se abrem a cada 3-6 dias entre 9-10 horas da manhã. Os frutos (chamados "maçãs" quando verdes e "capulhos" pós abertura) são capsulas de abertura longitudinal, com 3 a 5 lojas cada uma, encerrando 6 a 10 sementes.
As sementes são revestidas de pêlos mais ou menos longos, de cor variável, (creme, branco, avermelhado, azul ou verde) que são fibras (os de maior comprimento) e linter (os de menor comprimento e não são retirados pela máquina beneficiadora. As fibras provém das células da epiderme da semente e tem, como características comerciais, comprimento, finura, maturidade, resistência, entre outras.
HISTÓRIA DO ALGODÃO NO MUNDO
As primeiras referências históricas do algodão estão no Código de Manu, do século VII a.C., considerado a legislação mais antiga da Índia.Há cinco mil anos antes de Cristo escavações arqueológicas feitas no Paquistão, encontraram-se vestígios de tecidos de algodão. No Peru, na mesma época foram encontrados vestígios da cultura e utilização do algodão para suprir as necessidades humanas. Os escritos antigos, de antes da era Cristã, apontavam que as Índias eram a principal região de cultura e que o Egito, o Sudão e toda a Ásia menor já utilizavam o algodão como produto de primeira necessidade.
Na Europa, o algodão se tornou conhecido através dos árabes. Foram eles os primeiros a fabricar tecidos e papeis com essa fibra. Em 1736 iniciou-se na Inglaterra a manufatura de fios de algodão com linho. No século XVIII, com o desenvolvimento de novas maquinas de fiação, a tecelagem passou a dominar o mercado mundial de fios e tecidos.
Nos Estados Unidos, quando Eli Whitney inventou os descaroçadores de serra deflagrou-se uma verdadeira revolução na industria de beneficiamento de algodão, tornando então os Estados Unidos o maior produtor mundial de algodão.Tempos depois, outros paises, aproveitando as novas técnicas de plantio e beneficio, passaram também a ser grandes produtores em escala comercial, como Rússia, China, Índia, Paquistão, Egito e Brasil.
HISTÓRIA DO ALGODÃO NO BRASIL
No Brasil, na época do descobrimento, os indígenas já cultivavam o algodão e usavam os fios na confecção de redes e cobertores. Usavam também o caroço esmagado e cozido para fazer mingau e com o sumo das folhas curavam feridas. Os primeiros colonos chegados ao Brasil, logo passaram a cultivar e utilizar o algodão nativo. Os jesuítas do padre Anchieta introduziram e desenvolveram a cultura do algodão (confecção de suas roupas e vestir os índios).
Nessa época o algodão tinha pequena expressão no comércio mundial. A lã e o linho dominavam como tecidos. A cultura era feita em pequenas “roças” em volta das habitações, e o artesanato têxtil era trabalho de mulheres (índias e escravas). Foi só pelos meados do século XVIII com a revolução industrial, que o algodão foi transformado na principal fibra têxtil e no mais importante produto das Américas.
Nessa época o algodão tinha pequena expressão no comércio mundial. A lã e o linho dominavam como tecidos. A cultura era feita em pequenas “roças” em volta das habitações, e o artesanato têxtil era trabalho de mulheres (índias e escravas). Foi só pelos meados do século XVIII com a revolução industrial, que o algodão foi transformado na principal fibra têxtil e no mais importante produto das Américas.
A cultura de algodão no Brasil começou no Norte e no Nordeste. O primeiro grande produtor foi o Maranhão que em 1760 exportou para a Europa suas primeiras sacas do produto. Ao Maranhão seguiu-se todo o Nordeste tornando-se a primeira grande região produtora do pais com as produções do Rio Grande do Norte, Piauí, Ceara, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia que se dedicavam ao plantio do algodão arbóreo perene, de fibras mais longas.
ALGODÃO HERBÁCEO
Mais tarde, São Paulo se firma como grande centro produtor. Imigrantes norte-americanos que se localizaram na região de Campinas e Santa Bárbara D`Oeste, trouxeram com eles sementes de algodão herbáceo, de fibra mais curta que os do Nordeste, porém, muito mais produtivos e que são plantados anualmente. De São Paulo o algodão expandiu para o Paraná, Mato Grosso e Goiás formando a zona meridional, responsável pela grande produção algodoeira do Brasil.
LAVOURA DO ALGODÃO
Hoje o centro algodoeiro brasileiro é composto, principalmente, por Mato Grosso, Goiás e algumas partes da Bahia. Essa nova fronteira algodoeira possibilitou o ressurgimento do algodão no nosso pais, quase que por verdadeiro milagre, pois, de grande exportador o Brasil passou a ser importador de grandes quantidades oriundas dos Estados Unidos Rússia e África. Atualmente voltamos a exportar, e a nossa Industria Têxtil vem tendo a opção de se abastecer tanto no mercado interno quanto no mercado externo.
HISTÓRIA DO ALGODÃO NO
RIO GRANDE DO NORTE
FLOR DO ALGODÃO MOCÓ
A partir de 1905 cultivo do algodão ocupa lugar de destaque na economia do Rio Grande do Norte. Embora prioritariamente voltado para o mercado interno, em favor das indústrias têxteis nacionais, o algodão norte-rio-grandense também encontrava colocação no mercado estrangeiro, principalmente o algodão "mocó", de fibra longa, posto que se destinava à confecção de tecidos finos.
ALGODÃO HERBÁCEO - MOCÓ
Duas variedades de algodão eram plantados no RN: o arbóreo ("mocó" ou "Seridó") e o herbáceo. O algodão "mocó" foi a variedade que melhor se adaptou aos sertões: por suas raízes profundas, era mais resistente às secas; por seu vigor, era uma variedade mais infensa às pragas e ,por outro lado, produzia até por 8 anos. Em suma, era muito mais vantajoso que o herbáceo, que tinha um ciclo vegetativo muito curto - geralmente um ano e, além disso, mais suscetível a pragas. O cultivo do algodão arbóreo "mocó" alimentava um grande número de usinas de beneficiamento. Além da fibra de excelente qualidade, tinha como subprodutos óleo vegetal e ração animal ( torta de algodão). Por ser na época fonte segura de renda para o produtor foi chamado de "ouro branco"
Durante muito tempo o algodão do Seridó deteve a reputação de algodão de primeira qualidade. O Dicionário Gerográphico do Brasil em 1922 registrava:" O produto é de ótima qualidade. Na exposição Nacional de 1908,o da zona do Seridó obteve o grande prêmio e o de toda região sertaneja alcança sempre cotações superiores nos mercados internos e externo"
DESCAROÇADOR DE ALGODÃO DO SERIDÓ
No entanto, o algodão nordestino foi perdendo paulatinamente, sua posição hegemônica como principal matéria-prima consumida pela indústria têxtil brasileira. As crises de oferta da fibra nordestina estariam ligadas, por um lado, às devastadoras secas que atingiam impiedosamente as lavouras sertanejas. Por outro lado, com a chegada do bicudo ( nos anos 80), praga de difícil controle e depois com a abertura do mercado nacional às importações subsidiadas de países da Ásia nos anos 90, a cultura, que nos anos 80 chegou a ser plantada em mais de 2 milhões de hectares no Nordeste, entrou em declínio e hoje a área cultivada está em torno de 1.300 hectares.
Esse baião foi gravado originalmente em 1953 pelo próprio Luiz Gonzaga, num disco de 78 rotações, que trazia no verso outro baião " A letra I"- da mesma parceria com Zé Dantas. Em 1959 a música foi regravada no LP "Luiz Gonzaga canta seus sucessos com Zé Dantas".
Esse baião foi gravado originalmente em 1953 pelo próprio Luiz Gonzaga, num disco de 78 rotações, que trazia no verso outro baião " A letra I"- da mesma parceria com Zé Dantas. Em 1959 a música foi regravada no LP "Luiz Gonzaga canta seus sucessos com Zé Dantas".
FONTES:
- Antonio Fagundes - Leituras Potyguares - Editora Sebo Vermelho-Natal/2009 ( Edição original/1933)
- Algodão - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) - Brasília / 1981
- Breve História do Algodão no Nordeste do Brasil - EMBRAPA Algodão - Brasília / 2003
- Algodão - Semira Adler Vainsencher - Fundação Joaquim Nabuco- Recife/PE
- Pesquisas Google - Sites:
- http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodão/apresentacao.html
- http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=28594
- http://www.cnpa.embrapa.br./publicacoes/2003/DOC117.PDF
- http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar
- http:??noticiasdeontem.net/materias/anoIV/XXVII/0_algodao_moco_do_serido.html
FOTOS:
- Imagens Google
- Site: Caicó, minha Terra, minha Gente (decaroçador de algodão do Seridó)
- Edição de fotos: Site `Pic Monkey
- Luiz Gonzaga - Algodão - postado no You Tube por Carlos Alberto M. em Abril de 2010
Excelente matéria. Parabéns!
ResponderExcluirOuro branco orgulho.do seridò
ResponderExcluirValiosa materia sibre o ouro branco do brasil; simbolo da grandeza da economia no Brasil. Muito orgulho de ser do sertao brasileiro.
ResponderExcluirGraças a Deus o RN tá voltando a plantar algodão
ResponderExcluirArtigo maravilhoso desta que já foi a mais importante lavoura da nossa região. O sertão pernambucano contribui e muito com essa passado conhecido como o OURO BRANCO do nosso Nordeste.
Excluir