sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A CULTURA RELIGIOSA DA CIDADE DE MARTINS E AS FESTAS TRADICIONAIS DA CIDADE



PEDRA RAJADA NA SUBIDA DE SERRA


Em Martins a sensação que se tem é que se fica mais perto de Deus. Desde a subida da Serra ao se contemplar a Pedra Rajada e encontrar o rosto de Cristo, de queixo erguido e mãos postas, numa atitude de prece, como se pedisse bençãos ao Pai para aqueles que por ali passam. Já na cidade, o Redentor nos recebe de braços abertos, e os belos templos é um convite a oração.
O povo é religioso e, na sua maioria, por tradição católico. Mas em Martins há espaço para todos os credos. Templos evangélicos de espalham pela cidade e ganham adeptos a cada dia.
E mesmo esse sentimento religioso de fé católica é também  mesclado de influências pagãs, indígenas e africanas. Ainda existe a crença nas velhas rezadeiras e curandeiros, práticas tão comuns pelo interior brasileiro.
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OS SÍMBOLOS DA FÉ

                  



Em Martins se respira fé. Por onde quer que se passe a marca de uma promessa alcançada está presente, desde  o inicio de sua fundação até os dias de hoje, seja nas construções dos nichos e igrejas, seja nas grutas construídas como as de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Jacu e a de Nossa Senhora Aparecida no bairro Jocelyn Villar, seja nos oratórios em frente as residências ou no interior delas, ou mesmo nas imagens de Cristo espalhados nos principais pontos da cidade.


A MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO





A construção da Igreja Matriz data de  1815, quando José Antônio de Lemos requereu licença ao Bispo de Olinda para construir uma nova igreja destinada ao culto de Nossa Senhora da Conceição.Foi elevada a  Matriz no dia 1º de novembro de 1840. Com linhas sóbrias e majestosas, o templo de Martins é um dos maiores do Estado, porém sem maiores atrativos por dentro, pois sofreu, ao longo do tempo, remodelações desfiguradoras. Altares de alvenaria, seguindo o gótico destoam, mas as imagens de madeira, de estilo barroco são de valor inestimável!






CAPELA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO



Sobre a origem da Capela do Rosário conta-se que, a mulher do Capitão Francisco Martins Roriz, Micaela, perdera-se na mata. Ele então mobilizou seus escravos e pessoas da comunidade para a busca. Desesperado ante esse fato, fez o Capitão uma promessa: mandaria erguer uma capela em louvor à Virgem do Rosário, onde quer que encontrasse sua esposa. Pela madrugada um grupo de voluntários deparou-se com o seu corpo o qual foi, no mesmo local, sepultado.
O Capitão Francisco Martins Roriz requereu licença ao Bispo de Pernambuco para construir uma Casa de Orações. Essa capela, triste pela sua história, é o primeiro marco religioso chantado nas alturas da Serra, nos meados do século XVIII. Por complicações na sua estrutura, foi remodelada em 1934 e sua entrada principal foi mudada para o nascente.


   NICHO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO



O Nicho foi construído pelo Sr. Luiz Ferreira Melo, em cumprimento a uma promessa para que seus netos não fossem recrutados para a Guerra do Paraguai. A imagem de Nossa Senhora do Livramento veio de Recife, por ele mesmo conduzida a cavalo. A chegada da imagem foi muito festejada. Na passagem do ano se realiza a tradicional  procissão do Nicho para a Igreja Matriz.



OS CRUZEIROS, OS ORATÓRIOS, E OUTROS TEMPLOS 


IMAGENS DE CRISTO NA CIDADE



ORATÓRIO

CRUZEIROS

OUTROS TEMPLOS CATÓLICOS



AS IGREJAS EVANGÉLICAS





A Religião Protestante se faz presente em Martins em algumas de suas forma,com alguns templos na cidade e um bom número de seguidores.Entre esses tempos destacam-se a Congregação Batista, a Assembleia de Deus e a Congregação Batista Regular, todas na sede Municipal.


A MARCA DOS FESTEJOS NA CIDADE
 A BANDA DE MÚSICA







A Banda de Música de Martins foi criada em 1919 fazendo-se presente em todos os momentos festivos da cidade e circunvizinhança.
A tradicional Banda "Nair Augusto Soares" sempre marcou época com regentes como João da Costa Melo - o Janjão, Antônio Inocêncio de Oliveira, Nair Soares, Antônio Cabrinha da Silva - o Tonhé, Luiz Leite Neto, entre tantos. Muitas vezes atravessando momentos de dificuldades, principalmente pela falta de recursos para a sua manutenção, a Banda sempre tem encontrado uma saída para as crises. graças aos esforços do seus regentes e componentes. Reunindo tradição e carisma a banda encanta  a todos com seus dobrados, suas valsas, a magia das "alvoradas" e dos "salvas".


A FESTA DA PADROEIRA





A tradicional festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição acontece entre os dias 27 de Dezembro a 06 de Janeiro. No primeiro dia, alvorada com banda de música tocando no oitão da matriz, atravessa a  madrugada. Fogos e repicar de sinos acordam as pessoas. Ao meio dia, hora da salva, música e fogos de novo. À noite, depois de hasteada a bandeira no mastro da praça, o início verdadeiro dos festejos. Novena e um espetáculo de bombas e fogos. Pastoril, entrega de ramo e leilão animam a festa até o dia da procissão onde todo mundo estréia roupa nova.



OUTRAS FESTAS POPULARES DE CARÁTER RELIGIOSO





Outras festas são comemoradas pelos martinenses, como a Festa do Rosário, realizada no pátio em frente a Capela do Rosário, no mês de outubro, que já não tem o brilho de antigamente.
Sábado de Aleluia, costuma-se ainda furtar galinha e a  malhação de judas, na manhã de sábado, não falta para alegrar as ruas. O boneco fica pendurado em um pau, até que alguém o derrube.
São João e São Pedro são homenageados com os folguedos tradicionais. Adivinhações à beira da fogueira, quadrilhas debaixo das latadas.
No Natal as pessoas vão a Matriz para ver o tradicional presépio. À noite a Praça se transforma numa festa animada, enquanto se espera a Missa do Galo.



CARNAVAL: A PROIBIDA FESTA PROFANA  DESDE 2010      


 A PREFEITA MAZÉ E SUA POLÊMICA LE


Desde fevereiro de 2010, uma lei municipal disciplina a realização de eventos profanos no período de carnaval em Martins. O projeto foi sancionado pela prefeita Maria José Gurgel, a Mazé. De acordo com o texto durante todo período de carnaval, que vai do sábado até quarta-feira de cinzas, fica terminantemente proibido no município de Martins, a realização de manifestações e eventos com a utilização de trios elétricos, bandas de música, orquestras, carros com som, caixas de som amplificadas ou similares nos prédios e logradores públicos.
Ainda segundo o texto, quem desobedecer a lei terá que pagar uma multa de vinte mil reais. A prefeita argumenta que a lei é constitucional e que os que são contra é por pura intriga política. Ela explica que propôs a lei em atendimento aos pedidos das igrejas evangélicas e católicas que promovem encontros religiosos -os retiros - durante o período do carnaval. "Como a cidade tem tradição nesses retiros, eu resolvi elaborar uma lei para educar as manifestações no carnaval" diz. A prefeita alegou ainda que Martins não tem condições financeiras para fazer um carnaval como nas grandes cidades, por isso, encaminha os blocos para os municípios maiores como Alexandria e Apodi.



FONTES:

  • Manoel Onofre Jr. - Martins, a Cidade e a Serra - 3ª Edição - Editora Sebo Vermelho - Natal/RN - 2005.
  • Jornal Tribuna do Norte - Natal/RN
  • Pesquisas Google:

    1. http:// pt.wikopédia.org/wiki/Martris(Rio Grande do Norte).
    2. http://www.ferias.tur/informacoes/7213/martins-rn.hml.
    3. http://www.informenoticia1.com/archives/9949
    4. http://www.cultura.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/sec.cultura/instituicao/gerafos/martins.asp
    5. http://joaquimtur.blogspor.com.br/20/10/2004/visite-martins-e-conheça-seus.html


FOTOS:
  • Imagens Google
  • Acervo do Vento Nordeste
  • Edição de fotos: Site Pic monkey






Um comentário:

  1. Antes de proibir o Carnaval a prefeita de Martins deveria estimular o turismo religioso.
    Aldenize Reis

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