segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SEBO VERMELHO E ABIMAEL SILVA: DOIS LADOS DE UMA MESMA MOEDA VALORIZANDO A CULTURA POTIGUAR




A pequena porta pintada de vermelho com a tinta já descascada e um letreiro anunciando -"Sebo Vermelho", não chama a atenção de quem circula pela avenida Rio Branco, naquele trecho da cidade. Lá dentro um amontoado de livros empoeirados em meio a móveis e pilhas de papel. Mas o que chama mesmo a atenção de quem procura o sebo mais famoso da cidade é a figura amável de Abimael Silva o idealizador daquele espaço. Sentado em uma cadeira de madeira do tipo espreguiçadeira colocada bem a entrada da loja, ao lado uma antiga máquina de escrever  em  cima  um banquinho, e quase sempre acompanhado de um copo de cerveja, Abimael trabalha sério, absorto em seus apontamentos. Para quem não conhece o Sebo Vermelho, só ao entrar se percebe que é um sebo diferente, não só pelos tipos de livros lá encontrados mas pela forma como você é recebido ao se dirigir ao vendedor, no caso o próprio Ismael Silva.Como editor de centenas de livros, ele conhece e fala com desenvoltura sobre qualquer um deles. Ir ao Sebo Vermelho e bater um papo com Ismael é ter a melhor aula sobre a literatura do Rio Grande do Norte.


 


 O SEBISTA



O Sebo Vermelho surgiu em 1985 quando aos 21 anos, Abimael Silva resolveu abrir um  sebo de livros e discos após deixar a  instituição bancária, onde trabalhava.Para começar. colocou os livros de sua biblioteca particular para serem vendidos. Na época tinha mais de 700 livros e 600 foram colocados à venda. No início vendia mais discos, mas livros também vendia bem, tanto que costumava viajar para Recife,e comprar livros com preço defasado para vender no sebo. Atualmente o sebo vende apenas livros e conta com um acervo de aproximadamente 30.000 volumes. Desse total uns 10.000 são de autores Norte Rio- Grandenses.
O nome Sebo Vermelho foi escolhido de forma quase  circunstancial. É o próprio Abimael quem explica: "Tinha que ter um nome. Funcionava em uma cigarreira na Vigário Bartolomeu, quase em frente ao Banco do Nordeste, próximo à praça Padre João Maria. Natal tinha cigarreira amarela, azul, verde , branca... Só não tinha preto e vermelho. Se pintasse de preto, não daria certo por causa do calor. Resolvi pintar de vermelho, que é vida, sangue, energia e é a cor do amor. Até o dia que alguém chegou  e perguntou: aqui é o sebo vermelho? O nome acabou ficando".

 O EDITOR



A partir de 1990, Abimael passa a editar livros e tem empreendido um dos maiores e mais significativos esforços que já se fez pela literatura potiguar. Foi Écran Natalense, de Anchieta Fernandes, que trata de cinema em Natal, seu primeiro livro publicado  "Anchieta não encontrava espaço para publicar esse brilhante ensaio.Decidi procurar Varela Cavalcanti, então presidente dos Bancários, que sabia da importância da obra.Comprei todo material e ele topou fazer a impressão.Imprimimos 300 exemplares e felizmente conseguimos vender todos"  conta Abimael.
Nessas quase três décadas de existência a Editora Sebo Vermelho tem mais de mais de 300 títulos lançados, sem incentivos ou subsídios de qualquer espécie.Determinado e persistente esse guardião da cultura potiguar  quer chegar em 2013 com 500 livros editados.





As publicações do Sebo Vermelho tem feito importantes resgates de livros, como é o caso de "Antologia Poética do Rio Grande do Norte", publicado originalmente em 1922 e reeditado pelo selo em 1993. "Os Americanos em Natal", do historiador Lenine Pinto é outro destaque como também  o  "O Carteiro de Cascudinho", escrito por José Helmut Cândido, que foi  carteiro de Câmara Cascudo. No livro o carteiro conta suas experiências dos anos que passou servindo ao Mestre Cascudo. 
Entre os livros de História e Fotografias mais importantes lançados pela editora  estão " uma "Câmara vê Cascudo" com imagens raras do escritor, feitas nos finais dos anos 70, e "Natal Através dos Tempos" que retrata a cidade desde os anos 40, ambos do fotógrafo potiguar Carlos Lyra, falecido em 2006.Encontramos ainda "Cartas de Drummond a Zila Mamede" organizado por Graça Aquino, que reúne mais de 60 cartas de Drummond enviou para Zila. Esse é um dos livros que Abimael sente orgulho de ter publicado.



Dos livros mais vendidos com o selo da editora se destaca "História do Rio Grande do Norte" de Marlene da Silva Mariz e Luis Eduardo Brandão Suassuna.Outro que vende bastante é o livrinho de Celso da Silveira e José de Souza:" O Valor que o Peido Tem" - "esse livro causa um zumzumzum  danado, toda semana tem gente pedindo um exemplar" diz Abimael.
Todo livro editado pela Editora Sebo Vermelho passa a fazer parte da "Coleção João Nicodemos de Lima".O nome é uma homenagem ao primeiro sebista do Rio Grande do Norte. O sebo de João  Nicodemos ficava na Ribeira e funcionou por 43 anos ( 1932 a 1975).  

O CIDADÃO ABIMAEL


                                   Entrevista concedida ao Programa Cores e Nomes
                                                             Junho de 2010


José Abimael da Silva, nasceu na cidade de Várzea, mais precisamente no lugarejo conhecido como Tanque do Boi, no Agreste potiguar.De família numerosa, é um dos oito filhos de Maria Rodrigues da Silva, dona de casa e artesã  e de Severino Hercílio da Costa, carpinteiro. Aos cinco anos foi morar em Tibau do Sul e lá passou toda sua infância.Em 1970 veio estudar em Natal. Morou nas Rocas, Areal e depois nas Quintas. Estudou inicialmente no Isabel Gondim  e depois no Colégio João XXIII onde conheceu o professor Antenor Laurentino Ramos, segundo ele " Um brilhante professor de Lingua Portuguesa, Literatura e Francês". Antenor exerceu uma influência enorme na sua vida, sendo seu grande incentivador no que diz respeito a sua busca por esse mundo dos livros e das idéias literárias. Abimael não concluiu o segundo grau. Abandonou os estudos no terceiro ano.



Começou a trabalhar aos 12 anos vendendo confeito, trabalhou numa padaria e depois numa loja de discos até conseguir um emprego do Unibanco, onde permaneceu por quatro anos.Em 1986 foi demitido do Banco por participar da greve geral dos bancários, quando fez piquete na porta do Banco.Segundo ele mesmo conta, se sentiu muito aliviado com a demissão, pois não gostava do que fazia. A partir desse momento o sebo vermelho passou a fazer parte da sua vida...
Em 2003, aos quarenta anos de idade Abimael recebeu o título de Cidadão Natalense. No mesmo ano  participou do Programa de Jô Soares.Na época tinha editado o centésimo livro com o selo Sebo Vermelho.




Além de vender e editar livros, o Sebo Vermelho é um importante ponto de encontro dos intelectuais da cidade que frequentam o espaço  em busca de boa literatura ou simplesmente para uma boa conversa. Para os amigos o encontro virou tradição. E para os simples mortais que procuram o Sebo, Abimael não se cansa de mostrar o que existe de melhor na nossa literatura, com paciência e amabilidade. É muito bom ir ao Sebo Vermelho e conversar  com esse sebista, livreiro  e editor. Eu tive esse prazer.



FONTES:

  • Jornal Zona Sul de Natal- Entrevista concedida ao Jornalista Roberto Homem em Outubro de 2003
  • Publicações do Diário de Natal sobre o Sebo Vermelho.
VÍDEO

  • Entrevista dada ao programa Cores e Nomes - enviado ao You Tube por "coresenomes" em 25/06/2010

FOTOS

  • Imagens Google
  • Acervo pessoal de Arilza Pereira

domingo, 26 de fevereiro de 2012

CARNAVAL EM NATAL - RELEMBRANDO OS BLOCOS DE SUJO E AS MEMORÁVEIS FIGURAS DOS PAPANGUS

                                         
                               


Sou carnavalesca por natureza, e ainda em clima de carnaval quero continuar minhas buscas por esse universo, relembrar um pouco os Carnavais da minha infância, impregnados de papangus e dos blocos de sujo com seus brincantes batendo nas  latas e cantado pelas ruas do bairro: "Olha o bloco de sujo / vai batendo na lata  / alegria barata / carnaval é assim / bate, bate,bate, bate na lata / bate bate, bate, bate na lata /  bate, bate, bate, se não tem tamborim (bis) carnaval é assim". Lembro do bloco fundado pelos meus irmãos  e amigos da vizinhança, " O Bafo do Gato" parodiando o grande "Bafo da Onça" do carnaval carioca.Os gatos da redondeza que se cuidassem pois um mês antes do carnaval não ficava um - viravam tamborins. Coitados dos gatos! E o bloco desfilava animado ao som das latas, dos  tamborins de couro de gato  e da música : Nessa onda que eu vou / Olha a onda iaiá / É o bafo do gato / que acabou de chegar ... e concluíam: é o bafo do gato / Que eu trago guardado no meu coração / Oba, oba, oba( Na marchinha  original leia-se "Bafo da Onça ao invés de "Bafo do Gato).



                                           "Pau na Lata" na Praia da Redinha 
                                        Resgate dos antigos carnavais de rua

                             
OS DIVERTIDOS PAPANGUS





É do "papangu" que mais tenho lembranças. Era impossível sair ás ruas da cidade, lá pelos idos dos anos 50, sem se deparar com essa figura curiosa, mascarada, com o corpo todo coberto, andando sozinho ou em bando. Amado e muitas vezes temido, os papangus faziam a festa, ora assustando, ora divertindo, num misto de palhaço e bicho papão. Na minha rua os papangus eram pessoas conhecidas, geralmente pais de família, ou avós  o que era muito curioso, porque fora do carnaval essas pessoas eram normalmente sisudas. E a meninada, assustadas ou não, saíam atras dos papangus, esses brincantes de indumentária rústica, improvisadores de mímicas e palhaçadas, atraindo as atenções por onde passavam.





Em Natal a figura do Papangu foi aos poucos desaparecendo. Hoje o bloco "Us papangus" tenta resgatar e tirar do ostracismo esse personagem tão marcante no carnaval nordestino. No entanto se adentramos pelo interior do estado, vamos encontrar os papangus fazendo a alegria do carnaval na maioria dos nossos municípios.


                                                 Bloco "Us papangus"-Natal/RN


                                                                                  
                               BUSCANDO AS ORIGENS


As origens dos papangus no Nordeste datam do século XIX em Pernambuco. Nos primórdios, os papangus ajudavam a organizar as procissões  católicas de cinzas.Renan Pimenta Filho escrevendo para a Revista de História Municipal editada em Pernambuco, assim descreve o papangu: "indivíduo que ia na frente da Procissão de Cinzas encarregado de tocar corneta anunciando o cortejo. Vestia uma túnica de tecido escuro, tinha a cabeça e  o rosto coberto por um capuz branco com três buracos um na boca e dois nos olhos. Levava um chicote com o qual batia nos moleques que tentavam perseguir o cortejo religioso".
Em 1831, os papangus foram banidos desses eventos, "pois eram vistos com um quê de morte e tirania', diz a escritora potiguar Goimar Dantas autora do livro "Quem tem medo de Papangu?" Com o tempo os papangus reapareceram como brincantes carnavalescos, completamente dissociados das procissões.


              BEZERROS EM PERNAMBUCO 
A CIDADE DOS PAPANGUS


  Os Papangus de Bezerros

Em Pernambuco,  a cidade de Bezerros é conhecida como a cidade dos Papangus. De tradição centenária, os foliões de Bezerros tem outra explicação para as origens do papangu. Para eles o "papa-angu nasceu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para visitar amigos nas festas de entrudo - antigo carnaval do século dezenove, e comiam angu, comida típica do agreste pernambucano. Daí passaram a ser conhecidos como papa-angu. Há outra versões populares, mas essa é a mais conhecida na cidade.

                                         
OUTROS  SIGNIFICADOS DA PALAVRA


No Nordeste a palavra Papangu pode ter também outros significados: para uns o termo identifica uma pessoa desajeitada, que se veste mal: para outros uma pessoa desprovida de beleza; mas pode  identificar também uma pessoa lerda, abobalhada. 



FONTES: 

  • Publicações do Diário de Natal sobre o Carnaval
  • Site de divulgação o carnaval de Bezerros- Pernambuco
  • Site de divulgação do livro "Quem tem medo de Papangu?" da escritora  potiguar Goimar Dantas´
  • Artigo do Professor Renan Pimenta Filho, publicado na Revista de História Municipal - Pernambuco
FOTOS 

  • Imagens Google
  • Edição de fotos: Programa Pic-Nic - Yahoo/BR




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PRAIA DE CAJUEIRO- LITORAL NORTE DO RN - A TRANQUILIDADE DE UM RECANTO QUE AGRADA E ENCANTA





Estive recentemente na Praia de Cajueiro, no Litoral Norte do Estado. Confesso que fiquei sem saber dizer o que mais gostei: se da casa a beira mar, com aquele varandão enorme que mais parece um mirante a descortinar aquele mar sem fim, ou se da tranquilidade do ambiente da praia, sem vendedores ambulantes, sem barracas, ou barzinhos, onde o único movimento percebido além do vento balançando as palhas dos coqueiros, é o da chegada dos pescadores com suas jangadas de velas coloridas abarrotadas de peixes.




Mas com certeza foi a hospitalidade dos donos da casa, Juca e Lula, a companhia de Evangelina, Arildo, Isolda, Ivone e Marquito, amigos queridos de longa data, responsáveis pela alegria dos momentos que passamos junto. Ah! não posso esquecer das refeições fartas e deliciosas, principalmente do pirão de peixe e do melhor cuscuz no leite de coco que já experimentei, ambos preparados pelas mãos divinas de dona Nair. Tudo isso sem falar nas rodadas de "buraco" à noite, com duas mesas distintas, formadas pela primeira e segunda divisão no jogo, com direito a sorvete de abacate e muita pitomba. Inesquecível! 






A praia do Cajueiro tem uma paisagem que encanta. Ao sul da orla, a bela imagem do "Farol do Calcanhar" desponta por trás de arbustos e coqueiros. Ao norte a praia exibe  gigantescas pedras negras sobre a areia batida. As casas de veraneio construídas à beira mar, cercada de coqueiros, felizmente não tiraram  a beleza da praia, que ainda se apresenta com um ar de "colônia de pescadores". Barcos e jangadas completam o belo cenário de Cajueiro, que ainda conta com dunas brancas cobertas de vegetação, que são vistas por trás das casas.





Na segunda metade do século XIX, um belo cajueiro, utilizado como sombreiro por aqueles que esperavam as jangadas carregadas de peixes, provenientes do alto-mar, tornou-se atração na deserta praia chamada "São Francisco de Touros". Com o tempo o nome original foi esquecido e o local passou a ser conhecido como "praia do Cajueiro". Vale lembrar que esse velho cajueiro que deu nome à praia, já não existe; foi devastado pelo avanço do mar.





Lá pelos idos de 1870, habitantes da Lagoa do Coelho, resolveram emigrar para o norte, e encontraram  o local que procuram onde já existia um pequeno povoamento junto do cajueiro à beira-mar. Com ajuda de José Rosa, ergueram-se varias coberturas  de palha ( palhais) para acomodar os emigrantes. Em1930 o local contava com 559 habitantes, segundo registros encontrados na época. Na segunda metade do século XIX, já era evidente o crescimento do povoado que se firmava como local pesqueiro e hospitaleiro. Atualmente  cajueiro tem aproximadamente 3.000 habitantes e é importante ponto para a pesca da lagosta do estado. Está localizada no Município de Touros, distante de Natal 99km, com acesso pela BR-101. A Praia de Cajueiro de mar aberto e ondas altas, é muito propícia à pratica do Surf. A comunidade cajueirense sempre muito tranquila, acostumou-se a ver  agitação durante a festa de São Sebastião, padroeiro do lugar, pela presença de surfistas que "invadem" a praia para a realização do campeonato de surf amador -  o Fest Surf.


               O FESTIVAL DE SURF AMADOR



O Festival Litoral Norte de Surf Amador - O Fest Surf, é um evento tradicional, realizado durante a festa do padroeiro São Sebastião, como uma forma de incrementar a data. A ideia de se promover um campeonato de surf com inscrições à base de alimentos não perecíveis para os atletas locais, foi aceita pela  prefeitura e, com o apoio de mais alguns empresários, foi realizado  o primeiro evento em janeiro de 1996.
Esse ano o  XVI Fest Surf  foi  realizado  dia 20 a 22 de janeiro e  prestou uma homenagem ao atleta  Joca Jr., um dos campeões brasileiros que mais nos trouxe títulos. 


           OUTRAS IMAGENS DA PRAIA DE CAJUEIRO


  1 -  Os  Coqueiros




2 - As Jangadas 




3 - As Pedras



4 - As Dunas



Foto de Dado Gomes


FONTES:

  • Praias Potiguares- Miguel Dantas - Natal Editora- 2001
  • Site de divulgação do Festsurf - Prefeitura de Touros-RN

FOTOS:

  •  Imagens Google
  •  Acervo do Vento Nordeste
  •  Acervo pessoal de Dado Gomes



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

RECEITAS COM CARNE DE CAJU - CAJUBÚRGUER: NUTRITIVO E DELICIOSO!





Em, viagem que fiz recentemente à Natal, uma amiga me convidou para um lanche na sua casa de praia.Vegetariana convicta, ela não exitou em preparar as receitas que aprendeu  em um curso de Culinária Regional - pratos feitos tendo como base a Carne de Caju. A fruta tem textura mais fibrosa que a do peixe e semelhante a da carne, o que torna uma excelente alternativa para os vegetarianos.








As delícias que provei e aprovei estão na Cartilha do SESI -Projeto Caju* do qual já fiz referência em uma outra postagem. Uma das receitas nascidas na cozinha do projeto é o hambúrguer de caju - o cajubúrguer, preparado com sua fibra, ou seja, o bagaço após a extração do suco. Sem dúvida, uma excelente alternativa para a nossa alimentação. Além de nutritivo, o hambúrguer de caju também é mais saudável e gostoso. Segundo estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( Embrapa), o produto possui menor teor de gordura, quando comparado a simikares de soja ou de carne.



  Projeto Caju- Cozinha Brasil - SESI




RECEITA DO CAJUBÚGUER






INGREDIENTES


  • 1 Medida de Carne de Caju (receita básica*)
  • 7 Colheres de sopa de farinha de trigo
  • 1 xícara de chá de óleo
  • Sal a gosto
MODO DE PREPARAR

Bata a Carne de Caju no liquidificador até ficar homogênea.
Coloque a mistura em uma tigela e acrescente a farinha de trigo, Misture bem.
Modele os hambúrgueres e frite em óleo quente.




* Receita básica da Carne de Caju



INGREDIENTES




10 cajus
3 colheres de sopa de óleo
1 xícara de chá de tomate
1 xícara de chá de cebola
1/2 xícara de chá de pimentão
1 dente de alho
Sal a gosto


MODO DE FAZER


1. Esprema os cajus até retirar todo suco. Desfie-os com as mãos formando a fibra. Em uma panela, coloque óleo e a fibra de caju e frite por aproximadamente 15 minutos.
2. Acrescente o tomate e deixe cozinhar por mais alguns minutos. Por fim, acrescente a cebola, o alho e o pimentão.Cozinhe até que a fibra ficar macia e dourada. Essa carne pode ser usada como recheio de tortas, pastéis e pizzas. 





FONTES:

Pesquisas Web - Site da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária)
Projeto Caju - Cozinha Brasil -SESI / BR

FOTOS:
 Imagens Google
                                             Edição de Imagem: Programa Pic- Nic / Yahoo - Brasil                                                                                                                 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CAJU TESOURO NORDESTINO - UMA FRUTA ABENÇOADA E VERSÁTIL - RECEITA DE CARNE DE CAJU


Tenho paixão por caju: pelo sabor, pela cor, pelo formato da fruta, pelo aroma que exala! Desde criança que essa fruta  está  vinculada aos meus hábitos alimentares, seja em forma de doce, suco, ou mesmo  "in natura", que  na verdade, é a que mais gosto; isso sem falar na "castanha" seja ela assada, confeitada, ou transformada em farinha Se venho à Natal na época da safra do caju é felicidade em dobro - caju é fruta obrigatória no meu cardápio diário.


 


Rico em vitaminas e sais minerais o caju é uma benção para o povo nordestino, muito contribuindo para aplacar o nosso déficit nutricional. A castanha torrada,doce ou salgada, confere  um sabor especial às receitas.O suco é bebida quase obrigatória nas nossas mesas.O doce é sobremesa apreciada, seja em forma de compota, em pasta ou cristalizado e até mesmo em forma de caju-passa.Há aqueles que gostam da "cajuína" bebida adocicada e natural de grande valor nutritivo. Ah! e os biriteiros? Esses sem dúvida dirão que o caju é o mais indicado tira-gosto para acompanhar uma boa dose de  cachaça.





Planta nativa brasileira o caju já era usado pelos nossos indíos,, desde os tempos da colonização ,A palavra "caju", provém da palavra indígena  "acaiu" que, em tupi, significa “noz que se produz”. Na Venezuela o cajueiro é denominado ‘merey’, mas em outros países da América Latina é chamado ‘marañon’, provavelmente devido ao nome da região onde foi visto pela primeira vez, o estado do Maranhão, no meio norte do Brasil.Encontrado em quase todo território brasileiro, o cajueiro adapta-se melhor ás condições ecológicas do litoral do Nordeste.




Além de refrescante e suculento,o caju (leia-se o pedúnculo) confere mais que perfume, sabor e beleza às mesas tropicais. É também sinônimo de saúde, pois é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Esses compostos têm potencial antioxidante – propriedade associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes.


 PROJETO CAJU - SESI/BRASIL





Há no país uma tradição do aproveitamento da castanha, hoje beneficiada em larga escala industrial e do pedúnculo que é usado na transformação de produtos  como sucos, sorvetes, doces licor, mel, geléias, cajuína, refrigerantes gaseificados e aguardente. Parece muito, mas esse pseudo fruto é muito mais versátil, e pode ser usado como prato salgado na nossa alimentação diária. Na Cartilha do Projeto CAJU do SESI-COZINHA BRASIL*, encontramos receitas maravilhosas feitas à base da "Carne do Caju".
  Projeto Caju- Cozinha Brasil - SESI


FONTES:

  • Pesquisas Web - Site da EMBRAPA
  • Cartilha do Projeto Caju - Cozinha Brasil do SESI - Conselho Nacional

FOTOS:  Imagens Google







terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CARNAVAL EM NATAL -DAS TRIBOS DE ÍNDIOS ÀS ESCOLAS DE SAMBA - POR QUE NÃO?



Engana-se quem pensa que não temos tradição de carnaval em nossa cidade.O nosso "berço do samba' existe e tá lá, no bairro das  Rocas, lutando por um lugar ao sol, para mostrar tudo que tem de bom. O nosso "Debinha" tá aí, compositor maravilhoso, há mais de trinta anos fazendo e cantando samba da melhor qualidade*.As nossas Escolas de Samba e as Tribos carnavalescas  de Índios sobrevivem ao descaso e ao nariz torcido da nossa elite. Um olhar mais atento por parte da nossa sociedade, e com maiores incentivos,teríamos um belo carnaval, e com certeza nos orgulharíamos muito dele.
*Antonio Carlos Ramos - o Debinha , marcou a história do carnaval de Natal, compondo sambas para  principais agremiações do nosso carnaval.

                           Debinha - Nosso Sambista Maior


A primeira Escola de Samba que se tem conhecimento em Natal é a "Batuque do Morro" surgida em 1930.Tempos depois, em 1950 surge " Asa Branca".  Em 1958, surge nas Rocas a "Malandros do Morro". Nove anos mais tarde, mais precisamente em 1958, um racha na Escola Malandros do Morro, fez surgir a " Balanco do Morro" considerada a mais antiga por permanecer atuando ate os dias de hoje. Atualmente divididas em dois grupos - o Grupo de Acesso e o Grupo Especial,  os natalenses podem assistir e aplaudir: A "Escola de Samba do RN", os "Imperadores do Samba","Águia Dourada","Asas de Ouro "Unidos de Santa Cruz" (pelo grupo de Acesso), e as escolas: "Confiança no Samba", "Em cima da Hora", "Malandros do Samba", "Imperatriz Alecrinense" e "Balanço do Morro" ( pelo grupo Especial)
Em meio as dificuldades financeiras  e despretígios por parte da elite da nossa sociedade, as Escolas de Samba de Natal resistiram bravamente, resistiram sempre. Hoje,  destaque no Polo Carnavalesco da  Ribeira, o circuito do desfile terá arquibancadas para melhor acomodação dos que pretendem ver as escolas.



O Grêmio Recreativo Escola de samba Balanço do Morro foi o grande campeão do Carnaval de 2011. A mais antiga agremiação carnavalesca, tem sede e barracão no bairro das Rocas.A verde e rosa potiguar sagrou-se capeã  na avenida com o enredo "Santa Cruz: Explosão Cultural, Turística e Religiosa".Com essa vitória conseguiu o  24º título de sua história. 


IMAGENS DO DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA NA LENTE DE CANINDÉ SOARES







BLOCOS DE ÍNDIOS


O surgimento dos  Blocos de Ìndios antecedem ao das Escolas de Samba.Considerados Patrimônio do Carnaval Natalense em 1960, essas Tribos Carnavalescas existem desde 1919, com o aparecimento da Tribo" "Os Potiguares". Atualmente  "Tapuias", "Tabajaras", "Gaviões Amarelos", "Tupy-Guaranys "Guaracys" dividem a atenção na Avenida.Tal como as Escolas de Samba, as Tribos desfilam em dois grupos e esse ano assim se apresentam:"Comanches" "Tupinambás" "Apaches" - pelo grupo de acesso. "Potiguares"," Tapuias" "Tabajaras", "Gaviões Amarelos", Tupy- Guarany" e "Guaracy".É sempre bom ressaltar que esses blocos de índios não tem relação com as tribos que carregam no nome.

 IMAGENS DOS BLOCOS DE ÍNDIOS POR CANINDÉ SOARES


 




CAMPEÃS DO CARNAVAL 2012
                    
             1- Escolas de Samba


A Escola de samba Balanço do Morro foi a grande campeã do carnaval 2012 de Natal do grupo especial (chave A). O resultado foi anunciado por volta das 21 horas desta quinta-feira (23), após a apuração realizada na sede da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte). A agremiação homenageou o comunicador Luis Almir, com o enredo “Luis Almir – 30 anos de comunicação”. Em segundo lugar ficou a escola Acadêmicos do Morro e em terceiro lugar a Imperatriz Alecrinense.


                                     A Verde e Rosa Potiguar campeã
                                         do carnaval 2012

                            Baianas da Balanço do Morro


                 2 - Tribos de Índios


Das Tribos de Índíos sagrou- se campeã pela chave A a Tribo Tabajara  e na chave B ficou em primeiro lugar a Tribo Tupinambás.A Tribo tabajara contou a história do folclorista Deífilo Gurgel.



Tribo Tabajara campeã da chave A
Tribo Tupinambás -Campeã da chave B




FONTES:
 Tribuna do Norte - Natal - RN  Site da Prefeitura Municipal de Natal

FOTOS:
Imagens Google
Acervo do Fotógrafo Potiguar Canindé Soares