segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ARVORES DA CIDADE - II - O CAJUEIRO DE PIRANGI -MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO





Somos velhos conhecidos desde os tempos em que, longe da fama, ele era simplesmente o Cajueiro de Pirangi. Ainda não tinha sido citado na Revista o Cruzeiro", em 1955, quando  foi comparado a "um polvo-resultante de "uma sinfonia inacabada de galhos lançados em progressão geométrica"; não tinha sido divulgado no país inteiro, depois que a Regina Casé apresentou o menino Tom, o "Tom do Cajueiro" no seu programa Brasil Legal, em 1995 e nem de longe sonhava com a publicação no Guinness Book, em 1994, como o Maior Cajueiro do Mundo.Eu tinha nove anos quando vi pela primeira vez o cajueiro e confesso que não acreditei que todo aquele emaranhado de galhos e troncos,  fosse uma única árvore - achava que era história de pescador!








Lá pelos idos de 1970, quando comecei a frequentar a Praia de Pirangi com mais assiduidade, o Cajueiro ainda vivia num certo anonimato, pelo menos  para a maioria da população. Mas Pirangi cresceu, urbanizou-se e se tornou uma das nossas mais badaladas praias - logo a fama do cajueiro correu mundos. Hoje a árvore centenária é  Patrimônio Ambiental do RN. Mas, espremida entre as principais avenidas da praia, sofre com a falta de espaço para continuar crescendo, e com a falta de vontade política dos órgãos responsáveis para resolver o problema.








A nossa árvore mais famosa, ponto obrigatório de quem visita a cidade, está  localizada  a cerca de 28km de Natal, na praia de Pirangi do Norte, município de Parnamirim. Não se sabe precisar como surgiu esse cajueiro. Existe uma versão de que o mesmo teria sido plantado em 1888 por um pescador chamado Luís Inácio de Oliveira e que esse pescador morreu aos 93 anos sob as sombras da árvore. De acordo com essa versão, o cajueiro tem hoje 123 anos de idade.





A dimensão do cajueiro impressiona. Sua copa continua crescendo progressivamente e ocupa hoje, uma área de 8.300 m²; estima-se que se houvesse espaço para seu crescimento poderia alcançar de 30 a 49.000 m². Seu tronco principal mede aproximadamente 25 metros. e suas raízes atingem  de 01 a 02 metros de profundidade.







O Cajueiro de Pirangi apresenta uma característica anômala conhecida dos botânicos como "fitoteratológica" que explica o seu crescimento. Do seu tronco principal saem ramos que ao invés de subirem como os demais vegetais dessa espécie, tendem a se se curvar procurando o solo. Quando acontece de tocar o solo, esses ramos criam raízes secundárias que ajudam na alimentação do novo cajueiro. A partir daí uma simbiose se estabelece entre a planta matriz e a secundária - uma depende da outra para continuar crescendo.
O tronco principal divide-se em cinco galhos.Quatro deles criaram raízes e troncos, dando origem a essa imensa árvore. Apenas um dos galhos não se desenvolveu ao tocar o solo e foi apelidado jocosamente de "salário mínimo" pelos agentes que cuidam do parque.
 







Na época da safra, entre os meses de novembro a janeiro, a árvore  chega a produzir de 70 a 80.000 frutos, o equivalente a 2.5 toneladas. O fruto não é comercializado, e os visitantes podem colher à vontade.









Para que o visitante possa observar toda extensão do cajueiro é preciso subir os 45 degraus do Mirante e ficar a nove metros de altura do chão. Do alto pode-se observar a copa dessa árvore e se ter uma ideia da área que ela ocupa. 







Nos últimos tempos tem havido no Rio Grande do Norte um intenso debate em torno do cajueiro de Pirangi. O problema é que esta árvore não para de crescer e  devido à urbanização da praia de Pirangi e da especulação imobiliária o cajueiro não tem espaço para crescer. Ambientalistas, líderes comunitários, empresários e autoridades do Estado estão lutando para que esse problema resolvido. 







Enquanto se busca uma solução a longo prazo, se discutem soluções mais imediatas, como por exemplo a poda da árvore. Mas não se chega a um consenso. Para a EMPARN (Empresa de Pesquisas Agropecuárias do RN) "a poda é necessária para manter a saúde do cajueiro e evitar problemas urbanos e sociais". Mas a ideia não é bem vista pelo Ministério Público e ambientalistas, que argumentam afirmando  que a  poda  constante pode alterar o comportamento da planta e levá-la a morte, causando prejuízos a natureza e ao turismo do estado.





FONTES:
                                 Pesquisas Google - WIKIPÉDIA
                         Jornal   "Tribuna do Norte" Natal - RN
                                     Cartazes em Exposição "in loco"
                                 

FOTOS:  Imagens Google
                     Acervo    Pessoal
                      Edição de Foto: Prorama Pic-Nic -Yahoo/Brasil






5 comentários:

  1. Aldenize Reis
    O mais lindo, a mais bela de todas as árvores do mundo seguida pela bela Baobá!!!!
    comentário no facebook

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  2. Tia Arilza, nosso Cajueiro é uma beleza, um verdadeiro símbolo da terra maravilhosa que é o Rio Grande do Norte... E ainda assim, já conheci pessoas que não sabiam que o Cajueiro pertencia à nossa região metropolitana. Exemplos desse tipo de ignorância para com nosso Cajueiro são tristes...

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  3. Aldenize Reis
    Perfeita obra da natureza!
    alguns segundos atrás no facebook

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  4. Paga alguma taxa para visitar o cajueiro?

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  5. A visita é paga sim, Não sei o valor pq mas é uma entrada pequena que é cobrada dos visitante. Toda manutenção do Cajueiro advém dessa taxa.

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