sexta-feira, 22 de julho de 2011

CORDEL E XILOGRAVURA




Cordel e Xilogravura uma parceria que já dura mais de um século! Xilógrafos e Cordelistas são faces de uma mesma moeda, indispensáveis na produção dos folhetos. Essa técnica, que se tornou tão popular no Nordeste, presente nas capas do livrinhos de cordel, ainda hoje ganha adeptos e admiradores da arte, graças  ao barato custo e simplicidade de execução.



                                                 

Xilogravura que é uma técnica de reprodução de imagens, e textos também, que se utiliza de uma matriz de madeira. A matriz é entalhada à mão com um buril ou outro instrumento cortante. As partes altas que receberão a tinta é que vão imprimir a imagem no papel.
A gravura mais antiga foi encontrada na China , era uma oração e data o ano de 868. Egípcios, indianos e persas, a usavam para a estampagem de tecidos. Mais tarde, foi utilizada  como carimbo sobre folhas de papel para a impressão de orações budistas na China e no Japão.
No Ocidente, começa a ser usada no final da Idade Média (segunda metade do século XIV), ao ser empregada nas cartas de baralho e imagens sacras. No século XV, pranchas de madeira eram gravadas com texto e imagem para a impressão de livros que, até então, eram escritos e ilustrados a mão. Com os tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser utilizadas somente para as ilustrações.






No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa para o Rio de Janeiro. Os primeiros xilogravadores apareceram depois de 1808 e se alastraram principalmente pelas capitais, produzindo cartas de baralho, ilustrações para anúncios, livros e periódicos, rótulos, etc.
O primeiro folheto de cordel impressos, ou mais antigo,  que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de Barros - 1865-1918).
A xilogravura foi usada por muito tempo para ilustrações de periódicos como jornais. Um exemplo disso é o Jornal Mossoroense (RN). Um dos mais antigos jornais em atividade no Brasil, continha xilogravuras como vinheta e ilustrações, elaboradas por seu dono João da Escóssia, considerado por isso, o primeiro xilógrafo potiguar.



A xilogravura popular nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas. Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas gravuras soltas além de continuarem a produzir ilustrações para as capas dos cordéis.




      
Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão: Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.
José Francisco Borges, considerado um dos mais importantes nomes da gravura popular brasileira, fez sua primeira xilogravura para o folheto "O Verdadeiro aviso de Frei Damião (sobre os castigos que vêm)", também de sua autoria. Em quase 40 anos de carreira, J. Borges escreveu mais de 200 cordéis, que, com exceção do primeiro, foram ilustrados por ele próprio. O artista destaca a gravura  "A chegada da prostituta no céu", de 1976, como sua obra mais famosa. Sua obra retrata o cotidiano do homem do Nordeste, a cultura e o folclore e a luta do povo na vida do sertão. Outro tema freqüente no cordel e gravuras de J. Borges é o cangaço.


    
                       
                XILOGRAVURA PASSO A PASSO


                                                           


O vídeo a seguir mostra, passo a passo, como fazer xilogravura, essa técnica milenar que além de bonita, é fonte de renda para muitos dos nossos artistas populares.




XILOGRAVURAS
                     




Fontes:

  • Pesquisas Google - Wikipédia
Fotos:
  • Imagens Google
Vídeo
  • Do You Tube - Enviado  por maridiscacciati
                                                                         em 15/12/2008



                             

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